quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O Oscar que vem do lixo

Foto: Divulgação
Parafraseando o ditado popular, "O cinema escreve certo, por linhas tortas". Eu explico. Houve um esforço grande por parte de um grupo de produtores brasileiros para transformar o filme "Lula, o filho do Brasil" no nosso representante brazuca na maior festa do cinema americano - o Oscar. Mas não rolou.

Nada contra a história do nosso presidente operário. O problema é o filme, que teve desempenho pífio por aqui, não conseguiu fazer diferente, lá fora. Aí, para surpresa de todos, o Brasil terminou entrando na festa da forma mais inesperada: pela porta da frente, com direito a tapete vermelho e com chances reais de levar a estatueta, pela primeira vez.

Se vier, virá do lixo. Calma, eu explico de novo. É que a co-produção Anglo-brasileira "Lixo Extraordinário" está na disputa do Oscar de melhor documentário. O filme conta a história dos catadores de lixo do Jardim Gramacho, na Baixada Fluminense, o maior aterro sanitário da América Latina.

Dirigido por uma inglesa e dois brasileiros, "Lixo Extraordinário" esmiuça um projeto de outro brasileiro exemplar, Vik Muniz, fotógrafo e artista plástico reconhecido mundialmente pela qualidade da sua arte. Vik mergulhou fundo na vida dos catadores do Gramacho e fez com eles verdadeiras obras de arte, compostas a partir da matéria prima que lhes garante a vida: o lixo.

Sobre o trabalho do Vik e sobre esse documentário eu já falei aqui no blog, neste post. Logo aí abaixo, você encontra o link da reportagem do Bom dia Brasil, da Rede Globo, que traz uma entrevista com o prórpio Vik Muniz. Vale a pena assistir e começar a torcer.

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