A música "Paratodos", de Chico Buarque, começa com uma declaração rasgada de amor e respeito, de Chico a Jobim. Chico lasca, já na primeira estrofe: "meu maestro soberano foi Antônio Brasileiro".
Fazendo isso, ele visita as raízes do Brasil e as suas próprias raízes genealógicas e musicais. O resultado é uma das mais lindas canções de Chico, um presente clássico para a MPB.
Quando, de vez em quando, brinco que o Lula é o "meu" maestro soberano, modestamente tomo emprestado de Chico e de Jobim a licença poética para também manifestar o meu respeito e admiração pelo trabalho que o Lula Theodoro faz e que, muitas vezes, me leva também a fazer, na música.
Dito isto, homenageio agora a ambos os "maestros soberanos" da minha vida (e certamente da vida de muito mais gente), lembrando que hoje, exatamente hoje, se estivesse vivo, Tom faria 84 anos de idade. A ele, o meu respeito e a minha saudade. Primeiro, com Chico e "Paratodos". Depois, com o próprio Jobim, na companhia de Elis, em "Águas de Março".
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