quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

No alto da Torre Digital

No alto da Torre Digital dá pra ver Brasília inteira. Hoje estive lá. Por muitas vezes, passei por perto sem entrar. Fiquei embaixo, olhando aquela construção. Um quê de encantamento, de sedução pela enormidade.

Embaixo dela a gente fica minúsculo. Penso na destreza do traço no papel e imagino, diante do concreto gigantesco: O começo foi a coisa mais simples. A ponta do lápis tisnando o branco da folha vazia com o sonho do arquiteto.

Sonho sonhado, desenhado, que se desdobre a engenharia para encontrar os cálculos e transformar aquela ousadia em realidade. Até aqui, tudo o que ele desenhou, aconteceu. A “Flor do Cerrado” é mais um desses delírios geniais de Niemeyer.


Enquanto o elevador se afastava do chão, eu me aproximava do céu de Brasília. 60 metros. 80 metros. 110 metros de altura. Lá no alto, o vento forte e uma sensação de liberdade.

A torre ainda leva um tempo pra ficar pronta. Mas o branco da pintura externa que envolve o concreto já pode ser visto e admirado de qualquer lugar da cidade. A “Flor do Cerrado” vai abrigar em uma das cúpulas uma galeria para todo tipo de exposição.

Na outra, a maior, haverá um restaurante. E lá bem no alto, depois que o concreto termina, aos 120 metros de altura, ainda será erguida uma antena de metal com 60 metros.

Jantar nas alturas, com Brasília inteira ao alcance dos olhos. Taí. Um dia ainda rola.

Um comentário:

  1. Nossa, que sensação boa que vc descreve! Dá vontade de se arriscar nos 80 metros e encarar de frente o temor das alturas. Um desafio. A propósito, amanhã sentirei as nuvens nos pés! Estarei junto com a equipe do jornal lá emcima da torre para acompanhar essa data comemorativa, que verdade seja dita: não seria possível sem a sua imensa ajuda. Mais uma vez Maranhão, muito obrigada!

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