quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Corazón Espinado

Pra fechar a quinta. Maná e Santana!

Balé no céu!

Pra começar o dia, voando e dançando, como pássaros no céu.


A bird ballet | Short Film
from Neels CASTILLON on Vimeo.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Bom dia, Calcutá!




Hoje me acordei pensando em uma pedra numa rua de Calcutá.
Numa determinada pedra numa rua de Calcutá.
Solta.
Sozinha.
Quem repara nela?
Só eu, que nunca fui lá.
Só eu, deste lado do mundo, te mando agora esse pensamento...
Minha pedra de Calcutá!

Mario Quintana

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

A vida é filme. O amor também!

* Carta de Inorbel Maranhão Viegas para Mariana Franke Viegas 

A carta

Filhota. Você recebe hoje o diploma de Cineasta. Inevitável ficar emocionado. Impossível não rever as imagens daquela guriazinha que nos chegou como um presente, sorriso fácil, quente e destemida. 

O presente no colo da mãe
Muita gente diz que você tem o meu sorriso. E eu me orgulho disso. Mas você é mesmo o produto do que nos juntou - sua mãe, Mara, e eu. Quando sua mãe ainda estava grávida de você, investi um longo tempo colocando o fone de ouvido na barriga dela, onde você estava. Queria que você ouvisse músicas que eu pensava essenciais. Achava que você deveria conhecê-las antes mesmo atravessar pro lado de cá.

Ouvido musical desde pequena

É certo que depois de um tempo, recorri à rainha dos baixinhos pra conseguir alguns minutos de sossego. Mas isso foi ocasional. Você, filhota, tem ouvido musical. Vai do samba ao rock, do alternativo ao clássico, com sintonia fina que só aos iniciados é dado ter.

Crescendo nas redações
Por conta dos pais que você tem, jornalistas e meio loucos, você cresceu frequentando redações de jornal, de TVs, estúdios de gravação. Acho que isso teve influência definitiva em sua escolha profissional. 

Feliz, sempre!
No mundo, a passeio.
Em BH, com Sabino.
Cuidando da imagem do Vô e do Tio Bey.
Com a vó Isabel.
Mas também por conta dos pais  que tem, loucos e aventureiros, você também percorreu os “Alpes Andinos”, tomou banho de mar, esteve no pantanal, caminhou nas ruas de Nova York e nadou com os peixes do Rio Formoso, em Bonito.

Com o Alfredo Lafayete
A poesia passou por você e resolveu ficar. Minha filha você é artista desde pequena. É dada à produções, gosta de maquiagem, tem posições firmes, fantasia quando a vida pede, sabe decidir e não suporta injustiças.

Reino de paz, com o Bi.
Você, filha, carrega um vulcão dentro de si. Corre em suas veias uma mistura de sangue latino e ariano. Meio negro, meio alemão. Quando a vida exige emoção, prevalece a latinidade. Você é explosiva! Maravilhosamente quente – quase fervendo. Morna, jamais.


Nos braços do Vô Franke
Acolhida pela vó Maria
Filha da mãe.
Filha do pai.
O seu choro, Mariana, é comovente. Por vezes, você chora. Mas, nessas horas, sabe que sempre vai poder contar com a gente, comigo e com sua mãe. Para se recuperar, para resgatar a alegria e a razão de viver. E vai ser sempre assim, como naquele filme em que o herói dizia: Ao infinito e além!

O mundo pela frente
Você contando com a gente. A gente, com você. E nessa soma, o resultado se multiplica. Hoje, Mariana, você é todos nós. Porque a vida é um filme. E o amor, também é filme. 

Na Pampulha.
A vida é filme. O amor é filme.
Um beijo, sorte e fé, minha filha. 

Com todo o amor. Teu pai



domingo, 27 de janeiro de 2013

Without You

Lapsos

Todo segundo conta quando se está vivo. Lapsos.  Tempo curto que compõe a vida intensa. Pra espantar a chuva e ter coragem de viver o domingo.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Um tambor

Nestes dias de janeiro, os tambores invadem a ilha de São Luis. Madre D'eus arrepia. Não por acaso, meus fantasmas de infância me invadem também. Mentalmente, viajo com eles. E o menino que me habita corre, pés descalços, por ruas que nunca saíram de mim.

Quando criança
eu vinha da escola
ouvindo tambores
sem saber o que era
nem de onde vinha

Cruzava portas de ferro
varandas, becos, janelas
e quintais

E aquela música
não me largava.

À noite, os tambores
eram outros.

Na rede, corpo embalado
ao sabor das mares,
recebia de longe
com um misto de respeito
e assombramento
o som dos atabaques

tambor de mina
tambor de crioula
tambor de boi

Meu peito
feito um tambor
até dormir

Hoje, distante, o mar
de saudade ocupa o
dia chuvoso de um ritmo só
Sou menino
de novo

Meu peito
feito um tambor
até acordar

Simplicidade

Pro dia nascer feliz! Pato Fu. Simplicidade.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Um peixe para Iemanjá


Por *Mariza Poltronieri

Mariza Poltronieri
Uma máxima do humanismo: Em cada humano está contida toda a humanidade. Africanos, europeus, asiáticos, indígenas, habitam em nós todo o tempo, sobretudo no prato que comemos. Pensando assim, devemos agradecer a algumas coisas aprendidas e que fazem parte do dia-a-dia sem nos darmos conta.

A vida na cozinha até meados do Século XVI não era lá muito animada. Alguns tubérculos dos índios e cozidos dos portugueses faziam uma festa muito sem graça. Eis que de um jeito torto e triste os africanos vieram colorir nossa terra.  Graças a sua cultura e tradições, hábitos e costumes alegraram nosso cardápio. Os africanos, feitos escravos, vieram de muitas tribos e mesclaram suas crenças formando uma religião – o candomblé.  

Toda a entidade do candomblé tem um pouco do humano e traz consigo a fraqueza e a força, virtudes e maus pendores comuns a cada um de nós. Para reverenciá-la, além das rezas, palavras de encantamentos, evocações e cantigas, é preciso uma boa comida para agradar. Poucos sabem, mas a higiene na cozinha veio desta tradição. As cozinheiras escravas exigiam um lugar purificado para o preparo dos quitutes de seus Orixás. Depois de conhecidos os aromas e temperos que encantaram os senhores de engenho, qualquer crente ou descrente aceitaria essa condição.

Depois do século XIX mais gente veio somar ao nosso paladar e ficamos mesclados também em sabor. Uma viralatice feita de muitas raças, culturas, crenças que nos dão um borogodó muito especial.

Se o sabor começou pela África é por ela que devemos agradecer o pão de cada dia. Axé.


Dia dois de Fevereiro é dia de Iemanjá, orixá feminino dos mares e limpeza, mãe de muitos orixás. Dona da fertilidade feminina e do psicológico dos seres humanos. Ela gosta de peixe do mar.

Robalo na Brasa para Iemanjá

* Receita fornecida por Wesley Abreu que mora em Joinville-SC, é gourmet e um adorador do mar.


O Robalo é um peixe muito comum na costa do Paraná e Santa Catarina. É um bom peixe em todos os sentidos, esportivo para os pescadores que gostam de uma boa briga e  possui uma carne branca, tenra e muito saborosa para os apreciadores de frutos do mar. Também é uma receita simples podendo ser feita em qualquer lugar.

 Ingredientes:
·         1 robalo  com cerca de 2,0 kg
·         sal e pimenta-do-reino moída na hora a gosto
·         suco de 1 limão
·         azeite e salsinha

Modo de preparo:

·         Lave e limpe o Robalo. Tempere, por dentro e por fora com sal, pimenta, salsinha e limão. Coloque o Robalo  na grelha  com o carvão em brasa forte, a pelo menos 50 cm do fogo,  vire com 20 minutos e  deixe por mais 20 minutos.  A cada 10  minutos umedeça o Robalo com a mistura do tempero descrita acima com bastante limão.  Ao Final dos 40 minutos  abaixe a grelha para 20 cm da brasa e deixe dourar  uns 5 minutos de cada lado para dourar bem. Neste momento precisa-se de muita atenção para não queimar.

·         Sirva com arroz branco com bastante alho, salada de folhas e tomate cereja. Serve 4 pessoas.

* Mariza Poltronieri é culinarista, em Maringá. Escreve aqui sempre que tem vontade. E sobre o que quiser. Toda vez que ela aparece, tempera as páginas desse blog com histórias deliciosas.