Quando criança
eu vinha da escola
ouvindo tambores
sem saber o que era
nem de onde vinha
Cruzava portas de ferro
varandas, becos, janelas
e quintais
E aquela música
não me largava.
À noite, os tambores
eram outros.
Na rede, corpo embalado
ao sabor das mares,
recebia de longe
com um misto de respeito
e assombramento
o som dos atabaques
tambor de mina
tambor de crioula
tambor de boi
Meu peito
feito um tambor
até dormir
Hoje, distante, o mar
de saudade ocupa o
dia chuvoso de um ritmo só
Sou menino
de novo
Meu peito
feito um tambor
até acordar
Beleza, Maranhão. Viajei no ritmo dos versos e dos tambores do Maranhão, de Minas (Montes Claros) e de todo esse imenso Brasil afora. Parabéns.
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