Margot, na última visita a Brasília |
Estar na casa de Margot, desfrutar de sua companhia ainda que por poucas horas, era sempre um presente. Nunca escondi de ninguém o amor e a admiração por ela.
Naquele dia, depois de uma longa jornada de trabalho, combinamos jantar e tomar um vinho com amigos, entre os quais estava Ecilda Stefanello (jornalista, amiga, sócia de uma vida inteira, e como Margot, uma das pessoas entraram em definitivo na minha vida).
A poesia (silhueta de Drummond ao fundo) sempre por perto. |
Olhar certeiro |
Viver cercado de boas coisas, como Margot sempre quis. |
Foram cinco minutos, um pouco menos. Mas valeu por uma vida.
Hoje, revisando os meus arquivos de imagem, descobri essa preciosidade. Estava ali, inteira, intacta, a entrevista que nunca fiz com Margot. Comecei perguntando sobre um quadro do Ilton Silva , pintor sul-matogrossensse, filho de uma outra artista ícone da cultura de Mato Grosso do Sul, Conceição dos Bugres. Ela me diz que teve que vendê-lo, para o Gilberto Alves, um amigo e colecionador de artes.
"Uma mulher feliz!" |
Por algum motivo, eu sabia o que estava fazendo. E acho que ela também. A vida não nos deu outra chance. Mas o pouco que fiz, nossa curta conversa tem hoje o valor de uma eternidade.
Ao final, percebendo que estava sendo gravada, Margot dá um sorriso cúmplice, me chama de safado e sai de cena. Foi a bronca mais carinhosa e delicada que alguém poderia me dar em vida. Foi uma despedida bem ao estilo da Margot.
Eu agradeço e divido o presente que acabo de descobrir no meu relicário digital. Cheio de saudade, de respeito e de amor. Margot, uma vida em cinco minutos. (Não liguem para a má edição. Eu estava emocionado demais pra me preocupar com créditos e ajustes. Depois eu penso nisso.)
Pura emoção de ver a Margarida vivíssima como a conhecemos Maranhão! Grande lembrança!
ResponderExcluirsem palavras....obrigado por partilhar ....
ResponderExcluirEmocionante! Adorei ver, ouvir e sentir. Obrigada por dividir essa emoção! Bjs
ResponderExcluirVeleu, Mestre. Ela é o máximo. Que entrevista...Que pessoa......Acho que gente assim "é"! Nunca morre...
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