segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O fino traço do impossível

"Cascata", 1961. Créditos: © The M.C. Escher Company
B.V. Baarn, The Netherlands
Maurits Escher nasceu na Holanda, em 1898. Demorou a ter a seu dom compreendido como arte. Mas tornou-se respeitado quando os americanos enxergaram a magia do seu traço, a capacidade de produzir imagens impossíveis, usando e abusando da ilusão de ótica e dos paradoxos sobre o papel.

A arte de Maurits Escher desembarcou em Brasília no dia 12 de outubro. E fica no CCBB até o dia 26 de novembro. Na forma de um conjunto de 95 peças originais, incluindo as mais importantes da sua vida. A exposição “O mundo mágico de Escher” foi montada para comemorar os dez anos do CCBB, em Brasília. Um presente e tanto para o público, que já quebrou o recorde de visitação.

Quem for até lá vai se divertir com a sala Multiuso, onde estão experiências interativas que exemplificam os princípios aplicados nas obras e nas intervenções óticas. O público vai vivenciar uma série de experiências que desvendam os efeitos óticos e de espelhamento que Escher utilizava em seus trabalhos. Ao olhar pela janela de uma casa, vai ver tudo em ordem. Em seguida, verá tudo flutuando através de outra janela, da mesma casa. Um filme em 3D, de dez minutos, permite um divertido passeio por dentro das obras do artista gráfico.


"Dia e noite", 1938. Créditos: © The M.C. Escher Company
B.V. Baarn, The Nethe rlands.
Reunir tantos trabalhos de Escher não foi fácil e, provavelmente, essa será a única oportunidade de apreciar tantas obras reunidas fora do museu, na Holanda.

Escher tornou-se famoso por representar construções impossíveis, explorar o infinito e abusar das metamorfoses usando padrões geométricos que se entrecuzam e se transformam em imagens diversas. Água que corre para cima, pessoas que sobem e descem escadas imaginárias, auto-retratos em esferas de metal, pássaros, peixes e lagartos ganhando vida em imensos quebra-cabeças.

Está tudo lá. E é imperdível. Se não for pelo amor à matemática (essência da origem das suas linhas), que seja pelo prazer de voltar a ser criança, como eu e Mara fizemos, brincando de gigantes e anões, graças às descobertas gráficas e ilusionistas de Escher.

2 comentários:

  1. Simplesmente divina a capacidade desta criatura em brincar com os traços e permitir tão extraordinárias ilusões. A visita à exposição do Escher é um programa imperdível para adultos e crianças. Valeu a crônica.
    Beijos,
    Isa

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  2. Oi Isa, minha irmã querida! Eu devo agradecer de público a sua insistência para que fosse até lá ver a exposição. Portanto, sinta-se responsável por este momento de inspiração e alegria que tivemos. Um beijo.

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