No dia em que as forças legais do Rio de Janeiro puseram para correr aquela corja de bandidos, criando uma imagem que impressionou o mundo, eu, Mara e Gabriel jantávamos juntos, em casa. A TV da cozinha ligada mostrando o Jornal Nacional e aquelas cenas que a gente se acostumou a ver em paisecos que vivem em guerra civil.
Mas as cenas não eram importadas, eram "made in Brazil". Um silêncio. O texto contrito de um Bonner impactado. A Globo de sempre, competente e asseada. Todos os repórteres com coletes à prova de bala. Azuis como os da ONU. A polícia chegando em tanques de guerra da Marinha. Os bandidos correndo mata a dentro, morro a baixo.
Em meio a isso tudo a Mara me sai com essa:
O Cabral (Sérgio Cabral, governador do RJ) já convocou a polícia, os bombeiros e a marinha...
Se aparecer um índio vira o Village People.
E a gente conclui: Guerra no RJ, se não tiver uma sacanagem, das duas uma: Ou não é guerra, ou não é no Rio.
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