segunda-feira, 14 de março de 2011

A solidão e o amor à vida

O que move alguém a lutar pela vida?

Neste fim de semana, fiquei comovido com duas histórias, distantes entre si, mas unidas por um tênue fio e um desejo comum. Nesses dois casos, fui levado a pensar que a solidão e o amor pela vida foram decisivos para que estas duas pessoas permanecessem vivos.

A primeira história vem do Japão, terra arrasada por um terremoto, seguido por um tsunami e, para angústia de todos, à beira de uma catástrofe nuclear sem precedentes.

Hiromitsu Shinkawa, de 65 anos, e sua esposa receberam o aviso de tsunami. Saíram  de casa casa a tempo. Mas, no meio do caminho, resolveram voltar para buscar alguns pertences. Foram apanhados pela onda gigante. Ela desapareceu. Ele resurgiu em alto mar, a 16 km da costa do Japão, dois dias depois do Tsunami. Durante esse tempo todo, agarrou-se ao que restou do telhado da casa dele. Foi salvo por um navio da guarda japonesa. (As cenas do resgate você assiste clicando no vídeo aí abaixo)




A segunda história vem do litoral brasileiro. Uma dupla de amigos fazia pesca submarina, próximo a uma ilha, em frente à praia de Ipanema. Um deles, Eduardo Quental, ao voltar à tona, bateu com a cabeça no barco e percebeu na hora: perdera todos os movimentos do corpo. Só a cabeça funcionava.

Eduardo sobreviveu por um milagre. E por conta da calma que teve, da disciplina a que se impôs e do amor que tem pela vida. Ficou à deriva por mais de 16 horas. Assim, levado pela correnteza, percorreu 21 km de  distância e foi salvo com a ajuda de dois pescadores, que seguiram as instruções que ele mesmo deu para que o salvamento acontecesse de forma correta. (A história completa, do Eduardo, você lê clicando no link aí abaixo)

http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1653263-15605,00-MERGULHADOR+PASSA+HORAS+FLUTUANDO+PARALISADO+DO+PESCOCO+PARA+BAIXO.html

São duas histórias distantes, como eu disse, unidas pela solidão e pelo amor à vida.

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