sexta-feira, 18 de março de 2011

Pantanal cheio. Poesia certa!

Há muitas formas de falar sobre o pantanal, sobre o clico da vida que habita ali, sobre a inconstância da águas e sobre o homem, no meio de tudo isso.

Em tempos de cheia, o pantanal vira notícia. E quase sempre a imagem que vem de lá está associada ao sofrimento. Os economistas falam das quebras nos preços. Os pecuaristas, nas perdas, os empresários na redução dos lucros.

Hoje, navegando na internet, vi uma mensagem do Guilherme Rondon. Antigo e bom amigo, dono de um hotel no coração do Rio Negro, músico respeitado, compositor e poeta.  Como muitos outros, o Guilherme também vive do pantanal. De suas belezas, de sua harmonia. Como muitos, a cheia deste ano que superou outras cheias históricas deve ter causado algum tipo de prejuízo aos negócios do Guilherme.

Mas, apesar desta certeza, a mensagem do Guilherme era digna de um poeta. Alguém que enxerga um pouco além dos lucros. Alguém que vê o drama sem tirar os olhos da poesia. Por isso, resolvi reproduzir aqui o que ele disse. E junto, sapequei as fotos da Polliana Tomé, só para que ninguém tenha dúvidas do que ele está falando. Diz o Guilherme Rondon:

"As águas chegaram ao ponto máximo,
foi a maior enchente de todos os tempos no pantanal...
Já parou de encher e a água começa a baixar lentamente....
Muitos prejuízos materias e financeiros. 
E um lucro enorme para a Natureza renovada ... 
O pantanal passa a régua e agradece."

Confira, nas fotos da Polliana





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