segunda-feira, 21 de março de 2011

Memórias da profissão - ACT Comunicação

Ecilda e Maranhão
No início da década de 90, mais precisamente, em 1994, eu e Ecilda Stefanello criamos a ACT Comunicação. Queríamos cuidar do nosso próprio nariz e achavamos que era hora de inaugurar uma nova jornada, juntos. Tinhamos acabado de participar da campanha vitoriosa, que reconduziu ao governo do Estado de MS o senador Wilson Martins. Sem saber direito, demos vida e forma ao embrião de uma empresa de marketing político.

Festa da Vitória, campanha governo MS 94. Entre outros,
Mário Ramires, Ricardo Carvalho, Paulo Simões, Guilherme
Rondon, Lenilde Ramos, Tom Einhorn, Sueli Bacha,
Ecilda Stefanello, Mara Viegas e Maranhão.
Foi uma jornada de 12 anos de sociedade, que nos permitiu trabalhar por este Brasilzão afora. Com a ACT Comunicação expandimos o nosso horizonte profissional. Fomos do Acre ao Rio Grande do Sul. De São Paulo a Minas Gerais. Chegamos a fazer uma pequena incursão pelo Mercosul.

Em SP, tocando o Referendo das Armas,
 com Mário Schuartz,
Zé Cerozzi e Fernando Waisberg
Tendo a comunicação como eixo central do nosso trabalho, nos tornamos os primeiros a produzir material jornalístico/informativo a ser veiculado numa emissora da Rede Globo, no Mato Grosso do Sul. Eram bons os tempos em que produzíamos o programa "Conexão Regional" para o SEBRAE, que ía ao ar sempre aos sábados, como um interprograma da TV Morena, antes do Globo Esporte.

Em Rio Verde, atrás de boas histórias pra contar.
Era um programa curto, mas delicioso de fazer. Contava histórias bem-sucedidas de pessoas simples, gente do interior, com cara de Brasil. Quem apresentava era Iza Jucá e um garoto que, se não me engano, se chamava Rafael Matos.


Foi também com a ACT Comunicação que ganhamos um prêmio de mídia regional, da Rede Globo, na categoria institucional, para uma série de filmetes que contavam a história dos  "Cem anos de Campo Grande". Para esse trabalho reunimos quase 20 pessoas, entre técnicos, artistas, pesquisadores e jornalistas. Sem nenhuma falsa modéstia, nós éramos abusados e fazíamos bem tudo aquilo em que nos metíamos.

Para esse trabalho, "importamos" o jornalista Edmar Figueiredo e o diretor de imagem Hélio Camerieri. Tudo isso me vem à memória neste momento por conta  do que está fazendo o fotógrafo, Roberto Higa, em sua página no Facebook.

Higa está trazendo à tona, ou melhor, está desencravando as fotos mais fantásticas do seu arquivo pessoal. E automaticamente, nos provoca esse exercício de memória que resgata bons tempos da profissão. Com o Higa, eu e Ecilda temos pelo menos uma boa passagem: Uma jornada de quase uma semana, imersos em uma carvoaria.

Nossa missão era mostrar o sofrimento de crianças obrigadas a trabalhar quase como escravas, nas carvoarias. E as primeiras providências que o governo estava tomando, a partir daquelas denúncias, para banir o trabaho infantil daquele lugar.

Tudo era muito difícil por lá. Mas, de uma coisa a gente nunca escapava. Todo dia, antes do trabalho começar, tinha que gastar um tempo refazendo a trança do japonês. Sem trança, não havia foto.

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