quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Vitória da arte

O dia já caminhava para o fim. Plim. Sinal de mensagem no telefone. Me abstraio da reunião. Aciono o celular e vejo que é algo que acaba de chegar via e-mail. Aperto o ícone do envelope e a caixa se abre. Alviçaras!!! Antônio Victor me escreve.

Victor é um velho amigo, maranhense, que brinca de ser corretor de imóveis na maior parte do tempo, enquanto esconde uma preciosa personalidade de artista plástico. Difícil traduzir o que o mundo das artes perde com isso. De vez em quando, o artista escapa e faz coisas de encher os olhos. Na minha opinião, uma hora o artista esconde o corretor. De uma vez por todas. Mas isso é lá com os deuses das artes. Eles é que sabem o tempo certo.

Sobre o victor, já falei aqui no blog. Foram vários textos. Num deles, que batizei de "A ponte, a tela e a foto" contei das coincidências de imagens feitas por pessoas amigas, distintas e distantes, cujo único elo de ligação é a amizade que têm comigo.

Hoje, depois de ler a mensagem do Victor, resolvi dividi-la com vocês. Porque penso que vale a pena. Confira aí:

Caro Maranhão,


Já havia ficado feliz por ter postado em seu blog esse belo texto "A ponte, a tela e a foto" e também pela declaração da amizade que, você sabe muito bem, é recíproca e verdadeira. Agora, quero compartilhar com você outro momento feliz em minha caminhada como artista plástico. Acabo de ser premiado, não por certificado em papel ou troféu, mas pelo encantamento que o meu trabalho despertou nos convidados da vernissage da mostra "treze através treze", que está acontecendo na Galeria Hum, aqui em São Luís.

A mostra reúne 13 trabalhos de artistas plásticos e 13 poemas de poetas maranhenses. Não lembro se você chegou a ver o trabalho com o qual participo. Chama-se "Lira, Belira...Liberdade" e retrata além dos bairros que emprestam nome a tela a nossa querida "Madre Deus", que, segundo você sempre bradava orgulhosamente, é do útero.

Um grande abraço,

Victor

A tela a que o Victor se refere eu já havia visto. É tão linda quanto a ponte que dei de presente ao meu pai. E pela lindeza da tela é que fiz um esforço de ir buscar uma imagem. Perturbei o Victor com telefonemas e mensagens, até que ele conseguisse localizar o quadro. Ele está aí embaixo. Parabéns, Victor! O artista vence o corretor, uma vez mais.

Lira, Belira... Liberdade!


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