No vazio, sei, falta o ar.
O mar, não.
É eterno e vasto.
E como se a vastidão fosse minha
é que sigo.
E como se o mar fosse verdade
prossigo.
E quando te falta um pouco de tudo
nesse exato momento, justo agora,
quero que saibas
que o barco,
meu barco
está aqui.
Pronto para seguir
na vastidão desse mar sem fim
Que talvez, alcance;
ou, quem sabe, nunca
algum porto seguro.
Mas que nem toda incerteza
será capaz de impedi-lo
de seguir navegando.
(Para Mara, que haverá de seguir navegando, sempre)
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