Eu e Júlia temos uma relação especial. Trocamos livros. Quer dizer, eu sempre pergunto a ela o que está lendo. Ela é, seguramente, uma das pessoas que mais gosta de ler que eu conheço. E sempre que posso, alcanço um dos meus livros pra ela. Dias destes nos encontramos. Júlia estava feliz, tinha acabado de voltar da sua primeira viagem internacional sozinha. Foi a Nova York realizar um sonho: dançar.
O pouco tempo que conversamos me deixou com uma certeza: A passagem dela pela por Nova York estará para sempre gravada em sua mente. Júlia se divertiu no museu de cera. Encontrou seus ídolos. Brincou de ficar bem perto de grandes personalidades. Era uma criança num imenso parque de diversões.
Mas pude perceber também uma transformação. A viagem funcionou como uma espécie de divisor de águas. A Júlia, bailarina, começa a ver o mundo com olhos diferentes. Por uma janela mais ampla, que lhe traduz uma chance de alçar novos vôos. O resultado da viagem produziu belos flagrantes da Júlia dançando. Eu pedi autorização para publicar aqui algumas imagens dessa curta temporada novaiorquina. Como um presente. Como um sinal de que aquela menininha linda agora enxerga o mundo por um outro prisma. E faz isso com a leveza de uma bailarina.
Meu Maestro, Lula Theodoro, Pai da Júlia, me escreve e eu reproduzo aqui:
ResponderExcluir"Comandante Maranhão!Muito grato pelo espaço dedicado à nossa JúliaBelas palavras, belo depoimentoAo lê-lo, é como se eu recebesse um aviso do tempo...A nossa bailarina criou asasSó me cabe esperar que seu vôo seja repleto de coisas boasIt”s a long, long, long, long way...Aquele abraço,Luiz Theodoro"
Maranhão, cada um tem seu dom. O seu é das palavras, que se juntam numa harmonia bela e fluida, como se tivessem se materializado por acaso em cada história do cotidiano.
ResponderExcluirClaro que adorei ver minha filha através do seu olhar. Também fiquei emocionada pelo carinho sincero e pela tradução da verdade do tempo que teima em se mostrar. Obrigada. vc é muito querido.