terça-feira, 23 de agosto de 2011

Bom dia, Leãozinho!

Acordo de manhã, pão com manteiga... e Leãozinho!

É só o que me ocorre depois de abrir um e-mail que o Mauro Di Deus (sempre ele) me mandou ontem, já no fim da noite. Um vídeo, que a filha dele acabara de lhe enviar e que ele achou que devia dividir comigo e, claro, com o blog todo.

Fez bem, Mauro. Fez bem.

Capa do disco histórico - Tropicália
O vídeo é extraído de uma coletânea produzida por uma ONG chamada Red Hot Organization, que existe há 22 anos e já arrecadou cerca de R$ 15,7 milhões para o combate à AIDS.

Há dois ou três anos, os caras que comandam a Red Hot e que são apaixonados por música, resolveram produzir um disco duplo que homenageasse a Tropicália, movimento musical que marcou a juventude brasileira.

Capa do Projeto Red Hot + Rio 2
A coletânia se chamaria Red Hot + Rio 2 (O Red Hot + Rio, foi lançado há 15 anos e fazia uma homenagem à Bossa Nova) e começou a se esboçar em dezembro de 2008, quando Beco Dranoff - paulista radicado em Nova York e organizador das duas coletâneas -  e o produtor musical americano Paul Heck realizaram o show Samba Soul, em Nova York, com parte da renda revertida para programas da Brazil Foundation, também relacionados à aids.

Os dois e o fundador da Red Hot, John Carlin, chamaram então mais três produtores musicais - Mario Caldato, de Los Angeles, Kassim, do Rio de Janeiro, e Andrés Levin, de Nova York - e começaram a divulgar o projeto.

Feito um acordo com a E1 Entertainment, dona de um dos maiores selos independentes dos EUA, a produção tomou um ano e meio para ser concluída.

Caetano Veloso
A geleia geral tem 33 faixas e reúne participações de gente como Caetano Veloso, David Byrne e John Legend; parcerias entre Beck e Seu Jorge, Mia Doi Todd e José González, Tom Zé e Javelin, Marisa Monte, Rodrigo Amarante e Devendra Banhart, mais diversas bandas, vocalistas e DJs do indie rock internacional. O álbum duplo Red Hot + Rio 2 está à venda nas lojas virtuais e físicas dos Estados Unidos e da Europa, desde junho. E foi lançado no Brasil no final de julho.

Pois bem, o e-mail que o Mauro me mandou e que, originalmente lhe foi enviado pela filha, mostra o grupo Beirut cantando um clássico de Caetano Veloso – Leãozinho. O vídeo tem seis minutos e pouco, mas vale a pena ser visto.

Beirut, com Zach Condon à frente.
O líder do Beirut, Zach Condon, faz algumas confissões antes de cantar. Mostra discos brasileiros que comprou ou ganhou de presente, revela que Roda Viva, de Chico Buarque é uma das suas canções preferidas, conta de uma garota que se emocionou quando os viu cantando Leãozinho, num show feito na Irlanda e pede desculpas pelo nervosismo de cantar em português, uma língua que não domina.

Sem problemas, Zach. A interpretação é preciosa e ficou mais exótica ainda com o sotaque carregado. Valeu, Maurinho. Uma vez mais. Foi um belo presente pra começar a terça-feira.



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