O lugar tem hoje no turismo a sua principal indústria. Mas, desde a sua descoberta, em 1418, não nega sua vocação para a produção de cana de açúcar e vinhos. Já foi motivo de disputa entre Portugal, Espanha e Inglaterra. E foi, entre tantas outras coisas, o local onde Cristóvão Colombo, que em 1492 descobriria a América, encontrou a sua amada.
Certo dia, caminhando por Lisboa, fui parar em um restaurante típico Madeirense. Diante de tantas possibilidades, escolhi uma “Espetada Madeirense”, por sugestão da Claudinha Girelli, grande amiga, que há anos vive pelas bandas do Além-Tejo. Carne de vitela, espetada (como diz o nome) em um ferro que fica literalmente pendurado sobre a mesa em que estamos sentados.
Quando a carne chega à mesa, o garçom, cuidadosamente, envolve a parte de cima do espeto quente com um pedaço de papel, onde há um pouco de manteiga de alho e ervas. O calor do espeto faz a manteiga derreter e escorrer vagarosamente, até recobrir toda a carne.
Na volta da adega, ele me informou: O “Cabriz” havia acabado, mas já me trazia outro, um “Casa de Santar”, um dão, com referência de três castas tintas, ex-libre do Dão: Touriga-Nacional; Alfrocheiro e Tinta-Roriz.
Bebi por mim, pela história, pela coincidência da escolha e pela descoberta daquele paraíso gastronômico. Bebi, sobretudo, em homenagem à vida.
se gostaste assim em espetode ferro...o dia em que for a Madeira e comer num espeto feito mesmo de pau de loureiro...até te passas!!!beijinhos
ResponderExcluirTim tim...saúde...a vida é bela, vale por tudo isso!
ResponderExcluirMeu amigo Hamilton Ramos me escreve e eu reparto com vocês:
ResponderExcluirQuerido amigo e irmão Viegas,
Seu blog é sempre um veículo de surpresas agradáveis. Dotado de
riqueza cultural, irreverente, simples e objetivo. Continue com essa
forma pessoal e singular de escrever. Vc é referência de sabedoria e
fonte de informação, principalmente para os amigos. Continue assim.
Abraço. Hamilton.
Maranhão: Obrigado, Hamilton. Grande abraço.