Saiu de Santiago em 1963. Foi para Porto Alegre. Estudou letras e artes cênicas na UFRGS, mas não terminou nenhum dos dois cursos. Em São Paulo, foi repórter de Veja, em 1968. Integrou o Geração 68, movimento brasileiro de contracultura. Perseguido pelos militares, refugiou-se na casa de sua grande amiga, a poeta Hilda Hist.
Passou uma longa temporada exilado na Europa e voltou ao Brasil na década de 70. Em 1994, depois de uma viagem à França, descobriu que era portador do virus da aids. Morreu dois anos depois, em decorrência de complicações da doença.
Caio é autor de obras importantes da literatura brasileira, como Limite Branco (contos, 1971), Morangos Mofados (contos, 1982), Os Dragões não conhecem o paraíso (contos, 1988), e Onde andará Dulce Veiga? (romance, 1990), este último foi adaptado para o cinema, resultando no filme homônimo lançado em 2007.
Em dezembro do ano passado, começou a ser rodado o documentário poético “Sobre sete ondas verdes espumantes”, sobre a história da vida de Caio. Para compor o longa, a equipe de produção percorreu cidades que têm alguma relação com ele, dentre elas Santiago (RS), Amsterdan (Holanda), Berlim e Colônia (Alemanha), Paris e Saint-Nazaire (França), além de Londres (Inglaterra).
Com direção de Bruno Polidoro e Cacá Nazario, o filme colheu depoimentos de artistas e amigos de Caio, como Adriana Calcanhoto, Grace Gianoukas e a escritora Maria Adelaide Amaral.
Quinze anos depois de sua partida, Caio continua mais vivo do que nunca. Sua obra segue atual. Seus textos seguem transgredindo, causando dor, alívio e emoção. Veja, aí abaixo, o trailer do documentário "Sobre sete ondas verdes espumantes".
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