O Paulo Emílio é um grande camarada. Nos conhecemos fazendo a campanha de Zaire Rezende, em 2000, para prefeito, em Uberlândia. Paulo era o editor de finalização, contratado pela Virtual Cinema e Vídeo, do Marcílio, de BH.
Foi um trabalho e tanto, com uma equipe determinada, que levou Zaire à Prefeitura pela segunda vez. A primeira havia acontecido 16 anos antes.
Depois disso, nos cruzamos novamente em 2004, na eleição do prefeito Athos Avelino, em Montes Claros. Era uma das campanhas mais pobres de recursos. E foi uma das mais ricas em qualidade de produção das que já participei.
A campanha era tocada pela pequena produtora que o Paulo Emílio montou para atender um candidato azarão, que não tinha dinheiro para bancar muito luxo e que ganhou na onda do desejo de mudança que a cidade desencadeou.
A equipe de editores era formada por um grupo de meninos, skatistas, absolutamente irreverentes e sem qualquer compromisso com o quadradismo das fórmulas costumeiras dos programas de TV, do horário político.
Naquele ano, fizemos algumas das mais lindas peças publicitárias que já vi em uma campanha política. Lembro de uma, bem simples, com senhoras da tradicional família mineira. Povo simples, costureiras, católicas fervorosas, dividindo a imagem sacra com a esperança de um tempo novo, melhor. A trilha era brilhante. A imagem, nem se fala.
Em outra peça, duas crianças brincavam em manilhas coloridas, no meio de uma praça, e cantavam um repente conduzidas por uma dupla de cegos. A simplicidade e o lirismo invadindo a praia da política, com a marca dos meninos irreverentes de BH.
Depois da vitória em Montes Claros, Paulo Emílio deu um salto e consolidou a Brokolis, sua produtora. Não demorou muito pra começarem a pipocar os primeiros prêmios nacionais. Um dos primeiros prêmios veio da MTV, pela gravação do clip do Pato Fu. A Brókolis dos meninos, virou Brokolis do Brasil.
Hoje, encontrei o Paulo Emílio numa esquina da WEB. No MSN. E demos boas risadas lembrando dos tempos de campanha e de casos como o de uma empregada que não acertava o nome dele por nada desse mundo. Na pressa para falar ela emendava um nome no outro e criava um neologismo que, aos nossos ouvidos, soava algo como “Seo Baremis”. Foi batismo instantâneo. Por um bom tempo ele foi chamado assim.
Agora ele está comemorando outras conquistas. Me disse, louco de contente, que o Conrado Almada, diretor super premiado, está em definitivo na Brokolis. Conrado ganhou o VMB do ano passado. E durante a festa encontrou o Erasmo Carlos que manifestou desejo de gravar um clip com ele.
A gravação aconteceu na semana passada. Paulinho está radiante com o resultado e encheu de elogios o Tremendão. O vídeo ainda não está pronto, mas curtir o novo trabalho Erasmo já é possível ver na página dele. E, aumenta, que isso aí é rock and roll.
O que já está pronto é o novo clip do Skank, "Noites de um verão qualquer", que pode ser visto aqui, na página de abertura do site da Brokolis. Uma pedrada! A cara da irreverência do Paulo Emílio, do Kona, da meninada da Brokolis.
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