sábado, 30 de março de 2013

Minha ilha

Vejo o mundo a partir da minha ilha.
Um dia desses, Mara me propôs um exercício. Quando você fecha os olhos, de onde enxerga o mundo?  Ela me perguntou. Nunca havia pensado nisso. Fiz para experimentar. Quando fecho os olhos vejo o mundo a partir de São Luis. Quis saber por que, qual o significado daquilo? Ela me explicou que uma amiga, uma vez lhe disse que quando a gente fecha os olhos, o lugar de onde a gente enxerga o mundo é o lugar da gente.

Acho que faz sentido. Embora tenha andado muito, montanhas, vales, serras, campo e neve, sertão e cerrado, quando fecho os olhos vejo o mundo a partir do meu mar. Da minha Madre D'eus. A partir da minha ilha.

Victor e Marcia.
Me lembrei disso por conta do recado que recebi do Antônio Victor Rego. Um grande amigo sobre quem já falei aqui no blog. Victor é artista plástico. E hoje, passeando pela sua página no Facebook, descobri que ele havia me mencionado.

O quadro do Victor que dei de presente ao meu pai.
A tela que ilustra a página do Victor.
São Luis dos pincéis dele e do meu olhar pro mundo. 
É que o Victor postou uma nova tela para ilustrar a abertura de sua página. Uma imagem de São Luis. E o Victor achou que foi com ela que eu tinha presenteado o meu pai. Foi um engano, mas eu garanto que tanto ele quanto eu ficaríamos bastante orgulhosos de tê-la também.

A que eu tenho, aliás, que dei de presente ao Viegão, é uma imagem da Ponte de São Francisco, na maré vazante. Coisa de mestre.

Êh, Victor! Seu recado me fez fechar os olhos e voltar à ilha, neste fim de tarde de sábado. Foram poucos segundos de viagem. O suficiente para comprovar que é de lá, da minha ilha, que eu enxergo o mundo quando os meus olhos estão fechados.

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