Os ipês são uma das “marcas registradas” da floresta brasileira. Árvore símbolo, dizem alguns. Não vale discutir o mérito. Mas, em pelo menos uma coisa, todos concordam: A florada dos ipês é um esplendor. Dura pouco – três dias em média, por árvore. Mas são três dias de encantamento aos olhos. Algo capaz de mudar a alma das cidades.
Com a florada dos ipês, as cidades ficam mais alegres. É como se a natureza dissesse: Agora é comigo. Não importa o frio, o calor; às vezes, não importa a seca. Uma florada de Ipê tem a propriedade de um bálsamo, nos dias em que “tudo parece igual”. A linha do horizonte se torna mais viva. O céu, mais azul. A passarada se alvoroça.
Roberto Higa, o mestre da fotografia no Cerrado, sabe bem disso. E não tira os olhos das copas das árvores nessa época do ano. Ontem, ele me brindou com presente inesperado. “Ai, cumpadi...”, como ele costuma me chamar. “Tô mandando uns ipês floridos e uns passarinhos. Vê se cabe algum texto.”
Sem dúvida, Higa! É uma honra escrever algumas linhas pra descrever essa beleza que você me mandou.
Pássaros no ipê.
O Céu azul no Centro-Oeste do Brasil é a prova:
Deus está inspirado neste início de inverno.
A beleza das cores e a harmonia entre árvores e pássaros
se complementam.
Uma sinfonia natural. Um istmo de tempo.
Ligando o mar da fantasia ao cotidiano real.
Beleza curta e, contraditoriamente, infinita.
Três ou quatro dias de flores.
Os pássaros festejam a vida.
Diante dos nossos olhos vidrados de simples mortais.
(texto de Maranhão Viegas para fotos de Roberto Higa)
Tenho o privilégio da "paisagem" dos ipês de dois jeitos em minha casa. Em frente à janela do meu quarto tem ipês brancos que florescem na primavera, deixam a árvore livre de folhas e cheia de flores. Em frente à minha sala os ipês rosas floresceram neste fim de semana. Fizeram um tapete lindo de flores na calçada e pronto. Só o tempo de achar lindo e aplaudir. Feito um espetáculo num teatro a céu aberto.
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