Dustin Hoffman e Robert Redford, em "Todos os homens do presidente". |
O enrendo é simples, como na vida real, e começa com um caso minúsculo na esfera política americana: A invasão do edifício Watergate por cinco aparentes ladrões não mereceria mais do que páginas policiais. Entretanto, com o tempo, o episódio ganhou uma proporção surpreendente.
Mais do que um simples roubo, aquilo era um caso de espionagem política que levou o presidente republicano Richard Nixon, eleito em novembro de 1972 para seu segundo mandato, deixar o cargo. O filme mostra cenas históricas e tem dois jornalistas do Washington Post - Robert Woodward (interpretado por Robert Redford) e Carl Bernstein (personagem de Dustin Hoffman) - vivendo o intenso dia-a-dia do jornal, como protagonistas.
O filme não é um documentário, mas é uma aula de jornalismo e nos permite ter uma boa idéia de como funcionava uma redação, nos tempos em que internet, Iphones, Ipads e que tais eram ainda coisa de um futuro distante. Era uma época em que o sucesso na profissão de jornalista exigia 90% de trabalho árduo e 10% de inspiração. Os tempos mudaram, a busca da informação correta também. Mas isso é um outra conversa.
O fato é que, dentro de alguns dias, chega às telonas americanas um filme que, de novo, tem tudo para ser uma aula de jornalismo. Desta vez, com todos os ingredientes do mundo moderno. Falo do documentário produzido pelo cineasta Andrew Rossi, que conseguiu a proeza de ter total acesso, durante um ano inteiro, à redação de um dos maiores jornais americanos, "The Ne York Times". O filme ainda não tem estreia programada para o Brasil, mas fica o alerta - o documentário é imperdível para quem gosta de saber o que acontece por trás das notícias.
Sucesso no último Festival de Sundance, o filme acompanha a reação da redação com a aparição dos documentos do Wiki Leaks, o fim das operações americanas de combate no Iraque, o lançamento do iPad, as demissões no próprio jornal motivadas pela crise com a queda na venda em bancas e o trabalho da media desk, o grupo de elite do "Times" que cuida das transformações na redação com o maior investimento na edição on-line.
Quem quiser ter uma prévia, a chance é essa. Basta clicar o Play, aí embaixo, para ver o trailer do filme. E se gostar, é só ficar atento à programação dos cinemas. Não demora, ele está por aqui também.
Nenhum comentário:
Postar um comentário