segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Olhar de Fotógrafo

Luis Andrade adotou o Pantanal como terra do coração. Diretor de cinema e fotógrafo profissional, ele não perde uma chance de registrar as belezas que passam diante dos seus olhos. Luis é também pai de um menino fantástico, o Pipo, sobre quem já falei aqui.

Neste fim-de-semana, Luis me mandou uma sequência de fotos que não só tem a capacidade de traduzir o vigor da natureza local como, também, mostra que a simplicidade ainda é o melhor jeito de enfrentar e vencer problemas que, às vezes, julgamos intransponíveis. Quem explica é o próprio Luis:

“Há algum um tempo, quando fazia umas fotos em Corumbá, teimei em fotografar umas vitórias régias que havia avistado de longe, do alto de um grande barco de turismo no Rio Paraguai. Descobri, na prática, que não seria uma missão tão simples assim. A natureza se encarregou de cercar as exóticas plantas com um outro tipo de vegetação, parecido com um capim colonião, alto, denso e impenetrável.


Tentamos com vários tipos de embarcação, mas nenhuma conseguia furar o caprichoso obstáculo natural. Indo por terra, descobrimos que havia uma única passagem, por uma pequena colônia de pescadores, às margens do rio. A comunidade ocupava uma área conhecida como "Parque Cacimba da Saúde", que, óbvio, não fazia jus ao nome.


Era uma área degradada, poluída, insalubre. Uma favela no meio de um paraíso ecológico. Entretanto, foi ali que encontramos os filhos de uns pescadores, com suas pequenas canoas feitas de tronco de angelim, típicas da região. E foi só assim, com a força dos remos dessas crianças pantaneiras, que alcançamos as plantas aquáticas. O resultado da aventura está logo aí abaixo e mostra que o esforço valeu à pena”.




Um comentário:

  1. Show de bola, Maranhão! Afinal de contas, determinação é tudo. E as fotos ficaram lindas.
    Parabéns

    Não podia deixar de parabenizar pelo vídeo do Show do Luiz e do Mário. Ficou ótimo. Pena que no dia não pude ir, por estar viajando a trabalho. Não perderei, se Deus quizer, os próximos.
    Grande abraço
    Renato Esteves

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