quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O Brasil quer mesmo é ser louro

Foto: Correio Braziliense
O Mário Theodoro, além de novo amigo, é irmão do meu maestro soberano, músico de primeira linha e pesquisador respeitado do IPEA. Na edição desta terça, do Correio Braziliense, o Marião, largou a viola  de lado e partiu pro ataque na figura de especialista no estudo da questão racial no Brasil. Mandou bem. Ele foi o entrevistado que fechou a série produzida pelo Correio que faz uma radiografia desse tema no Distrito Federal.

Quem não acompanhou a série de reportagens não sabe o que está perdendo. O trabalho é bom e pertinente. Dá só uma olhada no texto de abertura da entrevista do Marião, resultado do trabalho da jornalista Conceição Freitas.

Em Brasília desde os 17 anos, o pesquisador Mário Lisboa Theodoro, diretor de cooperação e desenvolvimento do Instituto de Pesquisas e Estudos Aplicados (Ipea), mora no Lago Norte com a mulher e dois filhos. Apesar de viver numa região administrativa que tem 80% de moradores brancos, 11% pardos e 1% pretos, Theodoro, negro nascido em Volta Redonda (RJ), nunca sentiu o preconceito. “Talvez porque as casas dão para o quintal, não dão pra rua. Então quase ninguém se conhece”. O que impressiona o pesquisador é a Escola-Classe do Lago Norte, criada para acolher os filhos dos moradores, mas que abriga filhos de caseiros, de jardineiros, de empregadas domésticas e crianças da vizinha Varjão. “É um nicho de crianças negras no meio do Lago Norte. Os moradores têm um verdadeiro preconceito com aquelas crianças. Têm medo de serem roubados. Aquela escola é a cara do preconceito brasileiro.”

A reportagem completa você pode ler aqui. Valeu, Marião.

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