quinta-feira, 27 de março de 2014

Correspondência

Meu pai escreve para minha filha.
Como haveria de ser?
Imagino, pelo Correio.
Imagino, uma crônica.
Imagino, numa tarde de quinta, chuvosa.

Daí pra frente, a imaginação pode ser qualquer coisa.
Tudo é possível.
Sem nenhuma dúvida, um envelope recheado de novidades boas.
Dessas que só os avôs conseguem traduzir para os netos.

Uma carta de amor.
De avô pra neta.

Porque a vida é cinema.
E o amor é filme.

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