sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Bernardo

Dona Antonieta, minha avó; e "seu" Opílio, meu avô.
Quando eu nasci, minha avó, Antonieta Gaspar Viegas, achava que eu deveria me chamar Bernardo. Era o que estava determinado no "Almanaque". Era o santo do dia. Mas prevaleceu a dita de meu pai - Inocêncio - de me dar um nome que tivesse a dimensão do amor dele pela minha mãe - Isabel. E eu, ao invés de Bernardo, me tornei Inorbel.

Devo confessar que, em criança, tive dificuldade de lidar com um nome incomum. Na escola, no médico, em todo lugar, era preciso repetir, soletrar e explicar o meu nome. Depois de adulto compreendi aquela significância e enxerguei nos meus velhos a tradução do meu nome.

Como eu disse em um dos primeiros textos que escrevi aqui no blog, depois de algum tempo construi o equilíbrio entre os dois sujeitos que me habitam - o Maranhão - minha identidade profissional e o Inorbel - que trago desde que nasci.

Hoje, fechando a sexta-feira, encontrei uma vez mais a poesia de Manoel de Barros, travestida na música de Márcio de Camillo. E pra minha felicidade, era Bernardo. O alter-ego poético de Manoel. Por tabela, meu prórprio alter-ego.


2 comentários:

  1. Que coisa mais linda, Maranhão!
    Adorei...

    Bj,

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  2. Beleza, Maranhão! Estou por aqui, mas não consegui entrar omo seguidor; há algum problema.

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