quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Poesia em folhas secas

Dia destes, recebi um presente do meu amígo fotógrafo Ronaldo Ferreira (o Ferreirinha). Ele é desses caras que fazem da máquina uma extensão dos olhos, do coração, da alma. Voltando pra casa, ele me contou, deparou com uma paisagem impressionante. Folhas secas fazendo um tapete na calçada. Uma lindeza. Poesia em estado de arquitetura urbana. Brasília também é isso. Fiquei tão encantado com a foto, que resolvi dividir com vocês. Mas esperei uns dias, até que a inspiração para um textinho viesse. Veio hoje. Por isso, postei a foto logo aí abaixo.


E o que me fez escrever sobre ela foi a enorme coincidência entre a imagem aí de cima e as que eu vou colocar logo ali, abaixo. Essas, eu peguei no Blog da Cris Guerra. E basta uma olhada pra ver como as imagens têm tudo a ver na essência. 


As fotos foram feitas por quem tem paixão pela imagem, como quem fotografa a alma. Elas traduzem uma paisagem envolta em poesia. Uma, em Brasília. As outras, a caminho de Medina, uma cidadezinha de 26 mil habitantes, no Vale do Jequetinhonha, Nordeste de Minas Gerais.

Cris tava indo pra lá em busca de um encontro. Ía encontrar um menino a quem ela ajuda há muito tempo. Um projeto de solidariedade do qual ela não abre mão de participar. No caminho, enxergou a imagem das folhas secas, no meio do mangueiral. Decidiu mergulhar na paisagem. E terminou me fazendo enxergar essa bela coincidência entre dois pontos tão distantes do país.




Histórias distintas, fotos diferentes, Brasis surpreendentes. Só a poesia é igual.
E, no fundo, é isso o que faz a vida valer a pena.

4 comentários:

  1. Pra quem tem os olhos de poesia como você, a vida vai ser sempre bonita. Nada mais merecido. Um beijo grande e sereno.

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  2. Sabe o que é mais legal? Quem apresentou a Cris ao Fundo Cristão fui eu, e o menino que eu apadrinhava já completou 19 anos, terminou o segundo grau e foi tentar a sorte em São Paulo :)

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  3. Algumas pessoas, independente da situação, do momento ou da época da vida, jamais deixarão de ser janelas de almas. Sempre que olharmos em seus olhos, teremos a certeza de estar diante do belo e do inimaginável.
    Márcia.

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  4. quando eu piso em folhas secas... caídas de uma roseira... penso na minha escola... e nos poetas da minha estação primeira...
    essas fotos retratam a poesia do grande Guilherme de Brito...

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