Ontem,
encontrei pessoas que sabem muito bem o quê fazer.
Alguns,
nem tanto.
Ontem,
encontrei todo tipo de gentes. O especialista, com fórmulas para corrigir
tudo.
O
desesperançado, para quem fórmula nenhuma é capaz de trazer alívio e para
quem,
na
vida, uma certeza basta: não deu.
Ontem,
caminhei por caminhos que há muito não passava.
Vi meninos na janela, querendo
correr pra rua.
Vi
moças que não se cansam de esperar. Vi o tempo mudar.
Primeiro,
chuva. Depois, sol. Depois, mais ainda, vento e chuva.
Um pouco de frio. Um
certo calor.
Vi
cortinas romperem as linhas da janela e se mostrarem provocantes
roçando
de leve o rosto dos desavisados. Vi um homem encantado.
Um
ancião com um brilho de criança nos olhos.
Senti
uma contradição, um desapego e um afago.
Assim
é a vida.
Quando
a gente fecha os olhos
é
como a morte. Não se vê nada.
Entretanto,
basta abri-los e ela estará lá.
Cheia
de novidades.
Viçosa.
Perfumada.
Pronta
pra seguir, te chamando para o desconhecido
sem
que isso signifique qualquer oferta de garantia.
A
não ser pelo fato de que, seguindo, estaremos vivos.
Assim
é a vida.
Ontem,
estive vivo.
Hoje, sinto que devo prosseguir.
'Assim é a vida.
ResponderExcluirQuando a gente fecha os olhos
é como a morte. Não se vê nada.
Entretanto, basta abri-los e ela estará lá.'
É isso. E o quanto se vê fazendo isso, transformando, inclusive, o que foi criado para aproximar em 'isolamento conjunto'. Acho que vai curtir este vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=zU08997TUXk
Abraço.
Aucilene