Por Mariza Poltonieri*
Todo mundo tem uma história de Natal para contar. Quando crianças é a data mais emblemática que se pode ter. Para as famílias cristãs, o Natal é o momento de um aniversário muito importante, para todos, é uma brincadeira ofertada por um senhor gorducho, de barbas brancas, muito bondoso.
Os natais de antigamente, lá onde eu estava ainda menina, vinha recheado de cantoria, numa tradição italiana. A mesa farta vinha repleta dos quitutes peculiares, salgados e doces, todos em torno dela deliciando-se e agradecendo ao bom menino a alegria da partilha.
Lembro dos presentes trocados, mas lembro principalmente de uma mania de minha mãe. Na noite de Natal outro presente nos aguardava sobre a cama. Eu não via a hora de ir dormir para recebê-lo. Tão singelo e comum para os dias de hoje, tão maravilhosamente esperado pelos filhos da família numerosa. Cada Natal era a certeza de ganhar um lençol novo e uma camisola nova. Se fechar bem os olhos ainda posso sentir o cheiro bom do presente de dormir, lavado e passado. O lençol com a dobra feita sobre a colcha e a camisola sobre o travesseiro.
Uma lembrança reservada e lotada de alegria.
Neste Natal uma receita em homenagem a D. Clara Sandri, responsável por muitas ceias dos natais de antigamente em Maringá.
Salpicão da D. Clara
Ingredientes:
2 peitos de frango assados somente temperados com sal
1 kg de tomates sem pele e sem sementes picados
2 maçãs finamente picadas regadas com o suco de 1 limão
1 maço de salsão picado
500 g de maionese
Preparo:
Desfie os peitos de frango e reserve.
Junte a eles o tomate, o salsão e a maçã.
Um pouco antes de servir acrescente a maionese, decorando o salpicão com algumas folhas do salsão
*Mariza Poltronieri é culinarista em Maringá, PR. E tem espaço garantido aqui, para escrever sempre que quiser, sobre alquimia gastronômica. Ou, sobre o que ela desejar.
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