sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Short cuts - de sexta-feira

Cris vestiu Anéis e Colar

Cris Guerra

Cris Guerra é minha "amiga, irmã, caminhoneira" de longa data. Às vezes penso mesmo que somos uma versão "Pedro e Bino" virtual. Pra quem não lembra, os dois citados aí atrás formavam uma dupla de parceiros, prontos pra qualquer parada, em um antigo seriado da Globo, cuja trilha sonora começava dizendo assim: "Eu conheço cada palmo desse chão, é só me mostrar qual é a direção...", numa das mais belas e conhecidas canções de Renato Teixeira.

Cris é hoje o que se pode chamar de uma blogueira globe troter. Vira e mexe ela está aqui, acolá, mais adiante, onde você imaginar. Dias destes, ela passou por Brasília. E eu só fiquei sabendo depois dela já ter ido embora. Eu quis cobrar sua ausência. Pobre de mim. Cris é do mundo. E tudo o que ela veste lhe cai bem. Como na foto aí acima. Talvez você não perceba, mas ela vestiu dois anéis e um colar.  Beijo, Cris. Boa sorte e boas viagens.

A primavera do Dragão


Glauber Rocha

Um retrato do artista quando jovem. Acho que foi isso o que o Nelson Motta quis fazer com o livro que acaba de lançar e que já caiu no gosto do público e da crítica. Quer dizer, de uma "biografia" do Glauber Rocha, mesmo restrita a um pedaço da vida dele, não se pode esperar que agrade a gregos e baianos.

Nelson Motta
Teve gente que já reclamou. Nomes errados, datas trocadas, situações inventadas. Acusam Nelsinho de tudo. Mas ele dá de ombros e segue o trecho. "Não tenho o rigor dos biógrafos. Conto as histórias de pessoas que gosto, por ter vivido perto delas e do jeito que julgo importante", diz ele. De minha parte, fiquei feliz com a leitura. Quase quatrocentas páginas devoradas em um vôo de duas horas e meia.

Ri à beça em alguns trechos. Me emocionei em outros e vi um Glauber vivo, no frescor da sua criatividade. Exatamente como o título diz "A primavera do Dragão". No dia em que ele morreu, eu estava ao lado de José Louzeiro, que fazia uma palestra sobre roteiros de cinema na FAAP, em Botafogo, no Rio de Janeiro. Participava do I Congresso Brasileiro de Cinema, promovido por aquela faculdade. A notícia chocou a todos. O Glauber morreu triste, pobre, distante e depressivo. O Glauber do livro é o Glauber vivo.

Pelas ruas do Passado 

A catedral, símbolo de Maringá
Milton tem uma música que começa assim: "Caminho por uma rua que passa em muitos países, se não me veem eu vejo e saúdo velhos amigos..." Dias atrás, me dei ao luxo de caminhar pelas ruas de Maringá. De rever velhos amigos e lugares. Reencontrar minhas gentes de outrora, quando eu ainda beirava a linha da adolescência. E foi emocionante.


a escola
a minha sala
Vivi um ano inteiro por lá. Estudei no colégio Marista. Era 79. E foi como se fosse pra sempre. Da turma de quase trinta, juntamos uns doze. Uma boa média. Antes de encontrá-los fui ver minha escola de perto. Subi e desci escadas que eram imensas no meu imaginário infanto-juvenil. Entrei na sala onde fiz o terceiro colegial. Namorei o campo de futebol e a quadra de esportes onde disputamos as OLIMAR - Olimpíadas Maristas.

Uma banda da turma
A outra banda da turma
Revi gente que vive firmemente em meu coração. Mariza, Eduardo, Ghyslene, Edna, Alverina, João Max, Arthur, Danilo, Bruder, Luiz, Juliana, Pauleto. Nossas conversas pareciam não ter sofrido desgaste algum. Conversamos, ignorando os 32 anos passados, como se nos tivéssemos visto ontem.

Rosa e Joaquim

Dona Marilene
Encontrei Dona Rosa e "Seu"Joaquim, pais do Eduardo Esteves, que me acolheram em sua casa como quem acolhe a um filho. Fui ver Dona Marilena, mãe da Edna e da Juliana, que sempre me garantiu muito carinho e bons quitutes mineiros. Conheci a novíssima geração Poltronieri, na casa de Nei e Heloisa, irmã de Mariza. Uma gente muito especial, que eu vi ainda muito criança. Todos cresceram e fizeram jus à linhagem, marcada pela sensibilidade e beleza.

Irmão Pedro
Das coincidências que a ida a Maringá me permitiram, encontrar o "Irmão" Pedro, diretor do colégio desde os meus tempos, foi a mais incrível. Foi como voltar ao passado. A voz grave e imponente é a mesma. O jeito altivo também. Ele teve alguma dificuldade para lembrar de mim, mas quando me abraçou foi como se eu tivesse voltado a ser o moleque de escola. Trinta e dois anos atrás. Muito no tempo. Quase nada na memória.

3 comentários:

  1. Grata Maranhão, pelos encontros com o tempo.
    Você serviu de chave para abrir a porta que junta o passado com o presente.
    Em situações normais isso é quase impossível, apesar de estarmos quase todos na mesma cidade.
    Toda aquela gente tem a importância do alimento são, que traz longevidade e prazer.
    A vida é boa porque é simples assim.
    Abraço.

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  2. Cris Guerra me escreve e eu divido com vocês:


    Amigo querido, que orgulho e honra me encontrar aqui em suas short cuts belíssimas. Somos amigos de sempre, de qualquer lugar. Muito carinhoso, você. :)

    Beijos.

    :) Cris

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  3. MEU CARÍSSIMO MARANHÃO,
    ASSIM COMO PRA VOCE EXISTIU O MARISTA DE MARINGÁ, PARA MIM EXISTIU O PROMOVE DE BELO HORIZONTE. SÓ COM UMA DIFERENÇA, FOI LÁ QUE EU ENCONTREI A MINHA MÁRCIA.
    MANDE NOTICIAS DA SUA MARA.
    BEIJOS PARA VOCES.
    HYE

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