Em janeiro deste ano, cheguei em Garopaba para uma temporada de descanso. Garopaba sempre foi um canto de descansar. Assim que cheguei, escrevi um texto/poema, inspirado na imagem que tinha da janela do quarto. Um cenário que me remetia à Madre Deus, meu berço maranhense.
A poesia original está logo aí abaixo.
Não, não vejo o mar
Da minha janela
Vejo a luz
Ouço o mar
Sinto o ar salgado
A maresia
Não, meus olhos não
Vêem o mar da minha janela.
Mas não faz mal
O mar, em mim, como a Madre D’eus,
Não é de hoje.
É de útero
Ontem, embarquei em Brasília e desembarquei em Santa Catarina. Para os meus justos dez dias de descanso.
No início da jornada, já dentro do avião, prestes a deixar o Planalto Central em direção ao litoral, recebo uma mensagem do "meu maestro soberano", Lula Theodoro. Ele - com quem há tempos não me encontro - andou revisitando o blog e de lá tirou duas músicas novas. Uma delas, fruto do que escrevi na minha chegada a Garopaba, naquele já distante janeiro.
Foi um sinal da sintonia que nos une e nos encanta. Lula, sem saber, deu o tom da minha jornada de férias. E eu acabei ganhando um presente de natal.
Agora, dê um play ai e ouça a delícia de música que o Lula aprontou a partir da minha poesia. Mais uma, maestro. Em 2013, esse CD sai do forno. Palavra!
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