Recebi um e-mail da Mara me mostrando três maneiras de olhar o mesmo cenário. Ela me dizia que quando viu as fotos, feitas quase do mesmo ângulo, imaginou que eu pudesse escrever algo.
Estava certa. A seca de agora me obriga a enxergar a cena da varanda de casa e pensar em três momentos distintos.
Na primeira foto, uma manhã de inverno, com direito a névoa rasante, frio e verde que lembram em tudo uma cena do Sul. Rendeu até um textinho falando sobre acordar e ver a paisagem assim.
A segunda foto foi feita pela Mara em um momento de angústia, enquanto esperava a chegada dos bombeiros para apagar um fogareu ameaçador que se formou bem ali, onde antes havia névoa e frio. Naquele dia, parte do incêndio eu mesmo tive que apagar. E a cena voltou a render um textinho aqui no Blog.
Na última foto, é o que temos hoje. Nosso lago vizinho, quase seco. As árvores sem verde e a grama seca, misturada com as cinzas do último incêndio. Brasília arde o sol desse início de primavera. Segue o seco. Falta a chuva, que uma hora, todos acreditamos, virá.
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