Maurilo e Sophia |
A sua Sophia o faz escrever coisas lindas. O faz pensar coisas intensas e surpreendentes. Por ela, ele se faz gigante, da ponta do dedão do pé, até o último fio do cabelo. É assim que o vejo. De longe e de bem perto. Eu me divirto e me emociono com as coisas deles. E, à minha medida, me espelho nesse amor mútuo de pai e filha. Desejando ser parecido, no jeito de amar, de respeitar e de ser amigo e cúmplice da minha Mariana.
Pois bem, como eu dizia, abri o computador e o Maurilo fazia um comentário sobre uma cena, uma única ceninha de 32" desse tal programa, que durou não sei quantas semanas e teve não sei quantos concorrentes.
As duas finalistas, diante dos jurados. |
Na cena, uma das concorrentes, a que tinha mais carinha de menina, Elisa, a que parecia mais frágil e ao mesmo tempo mais concentrada no que fazia, se depara com um obstáculo quase intransponível: Uma tampa de compota que não abria.
Abrir aquela compota passou a ser um desafio não só dela, mas de todos que estavam ali, da família aos apresentadores, passando pelos amigos e pelos jurados da competição. Uma aflição só. E o tempo passava. E ela sofrendo e todos em volta também.
Até que ela surpreendentemente vira-se para o local onde estava a família dela. Olha e pede ajuda: - Pai, abre aqui pra mim, por favor. E correndo em direção ao pai, entrega o vidro. O pai, não era um qualquer. Era um pai, com P maiúsculo, da mesma forma que aquela filha não era uma filha qualquer. Era uma filha, com F maiúsculo.
Havia naquele pedido menos de fraqueza e mais de confiança. Menos de medo e mais de carinho. Menos dúvida e mais de certeza. Havia cumplicidade e delicadeza. Parecendo frágil, Elisa fez o que lhe pareceu mais óbvio, pediu ajuda. E ela nem imagina o quanto foi gigante ao fazer aquilo. Pedir ajuda é uma arte que anda meio esquecida nesses tempos atuais.
Ajudar é um gesto de gentileza que hoje pertence mais aos dicionários antigos do que aos rápidos verbetes, por vezes, ininteligíveis dos whatsapps da vida.
Elisa recebe o resultado da prova, sob o olhar do pai. |
Minutos depois ela se sagrava vencedora na disputa. Pouca gente percebeu, mas ela já era vencedora desde o momento em que recorreu ao amor do pai. Sim, aquilo foi um gesto de ajuda, mas foi ainda mais de amor, de confiança. Um gesto nobre e raro nesses tempos de individualismo e auto-suficiência.
A cena está ai embaixo, pra quem quiser ver. Vale a pena. É emocionante. No filme completo do programa, na parte em que ela recebe o prêmio, lá pelas tantas o pai, ao comentar a vitória da filha, mete a mão no bolso e retira de lá a tampa. E a exibe como um troféu. Viva o amor! A delicadeza, a confiança e a cumplicidade!
Aquele pai, aquela filha, aquele momento… Era sobre isso o comentário do Maurilo. É o que me faz ficar emocionado ao pensar na minha filha também. É como a gente poder dizer ao vivo, e em público: Filha, conta comigo! A qualquer tempo, a qualquer hora, em qualquer situação.
Eu e minha Mariana |
Que lindo! Fiquei emocionada.
ResponderExcluirPerfeito!
ResponderExcluirolha eu aqui do outro lado do mundo emocionada com o seu post!
ResponderExcluirme lembrei da relação forte, concreta e recheada de amor que tenho com seu amigo maurin di deus.
pais, obrigada por existirem! "me ajuda?"
beijo grande, maranhão (em vc e na sua mariana)
nina de deus