Dilema de tarde perdida: Meio Nero, meio Joana. Não sei se queimo ou se ardo em chamas. |
Um clima de angústia que altera os
sentidos da gente.
Parei um pouco pra pensar num dilema quase Shakespeareano:
Não sei se Nero, ou se
Joana D’Arc.
Eis a questão.
Do jeito que as coisas estão, não sei se toco fogo ou se viro carvão.
No meio disso me aparece o Maurilo Andreas com uma historinha
daquelas capazes de jogar um balde d'água no meu pequeno incêndio e quase me matar de rir:
Outro dia no
barbeiro ouvi o seguinte diálogo.
Cliente:
- Só
apara porque aqui em cima a coisa tá feia, tô ficando careca mesmo.
Barbeiro:
- Que
nada, você até que tá bem. Precisa ver o pessoal que vem aqui, aquele povo que
faz implante. Fica ridículo.
Cliente:
- Eu
fiz implante.
(breve
silêncio)
Barbeiro com voz
sumida:
-
Mas o seu
não tá ruim, não, viu?
Me acabei na risada.
Na hora me lembrei de um episódio ocorrido em terras
gaúchas.
Na cidade do interior, o Clube Principal era o centro do
mundo nos dias de festa.
Lá, se sabia de tudo e de todos.
E havia um ritual: Os homens chegavam e já se juntavam em um
canto, numa rodinha de amigos.
As mulheres, não.
Antes de entrar, paravam na
parte mais alta da porta principal, davam uma olhada pro salão, de forma a
enxergar quem já tinha chegado, se usava ou não o mesmo vestido da última
festa, e coisas assim. Nada, nenhum detalhe passava despercebido.
Numa dessas, duas amigas se encontraram. Trocaram beijos e
cumprimentos. Uma delas olhou para o centro do salão, avistou algo incomum
disparou:
- Olha lá, aquela
mulher, de bigode!!!
A amiga virou-se, olhou bem e disse: É minha irmã!
Sem perder o tom, nem descer do salto, a primeira emendou a
galopeira:
- Mas, como ficou bem o bigode pra ela!!!!!
Assim, sob o riso besta, a tarde queima.
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