Viegão em dia de festa. |
Isabel não para.
Os filhos, os netos, o genro, as noras, os amigos queridos, os poetas, os que não faltam nunca. Tanto, que minha mãe considera Bia, sua melhora amiga, também a sua irmã. E elas crêem tanto nessa irmandade que até se parecem fisicamente. Na alma, então…
O bocão de Mariana, em primeiro plano. Isabel, depois, Bia, a irmã de alma, e Heronisa. |
A casa numa efervescência só.
E livros. Muitos livros.
Viegas gosta de livros. Ganhou livros.
Com Zezinho, à esquerda, e o poeta Fagundes, à direita. |
Cartas da Humanidade - de Marcio Borges. Uma vida entre Livros - de José Mindlin. A Imperatriz de Ferro - de Jung Chang.
Leitura garantida pelas próximas semanas (ele prometia começar ontem mesmo, depois da farra. Não creio. Mas não descreio).
Enquanto conversávamos o tempo passou. Já era noite quando a turma foi embora. Juntamos a louça para lavar e aliviar o cansaço da mãe. Do outro lado do balcão, observando a lavação, Viegas fez uma reclamação - Aniversário sem vinho!
Calma, homem. Nem demora e a gente toma um juntos - eu disse. Abra ai uma cerveja, deixe de coisa, e vamos falando. Nas falas, a lembrança do passado veio pelo resultado do futebol. O Sampaio Correia, time que lidera o campeonato maranhense e disputa a segunda divisão do Brasileiro, empatou com o Botafogo. tem chances de subir para a primeira divisão.
Bastou esse gatilho para a memória do Viegas disparar. O Maranhão já teve bons times, diz ele. E segue falando. Eu sou "motense", torcedor do Moto Clube de São Luis. Um time formado por um grupo de motociclistas que se reunia para andar de moto e jogar futebol. Viraram profissionais. O escudo era uma roda de moto com asas. Teve um belo time. Chegou a ser chamado de "Papão do Norte" e até enfiou um 5 X 0 no Flamengo, em pleno Maracanã.
Entre um gole e outro de cerveja, Viegas me lembra algo que eu mesmo já havia apagado da memória: Um outro time, menor, menos famoso, mais capaz de me causar uma enorme emoção. O time formado por estivadores do porto de São Luis. E qual o nome do time? Vitória do Mar.
Que beleza de nome. Poesia em estado puro. Se eu não tivesse nascido motense, por força da predileção do meu pai, eu hoje seria torcedor do Vitória do Mar. Menos pelo futebol. E muito mais pela poesia do nome.
O time campeão de 1952, Vitória do Mar. O camarada que está marcado na foto é Misael. E eu o conheci, em minha infância, enquanto morei na Madre Deus |
Parabéns ao Sr Viégão pela linda família, por ele ser esse cara lúcido que lhe fez relatos incríveis sobre o futebol, como só um homem de seu tempo é capaz de fazê-lo, pela força e mente sã que ele demonstra ter, eu daria a vida para bater um papo desses, acho simplesmente sensacional essas prosas. Parabéns pela sua mãe, ela, certamente é a comandante impecável da "Vitória do Mar" de vocês!! Parabéns amigão, por você estar aí, ao lado da família, com a sua família, é um presentão seu texto para fechar o domingo e encher meu coração de poesia e orgulho de ter amigos assim.!!! Abraço fortemente todos aí!!!!
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