Sinais

Aucilene Freitas

Aucilene Freitas é uma amiga. Dessas amizades, fruto dos tempos virtuais. Desconfio que ela lê as coisas que escrevo no blog há tempos. Um dia, crieo que ela  criou coragem, sei lá, e postou um comentário. E foi algo tão delicado, e gentil, e verdadeiro, que eu percebi inevitável, viramos amigos. Algo assim, como se nos conhecêssemos há muito. Desde criancinhas.

De vez em quando, ela me escreve e eu escrevo lhe escrevo. Já conversamos sobre a vida. Percebi que a ajudei, em alguns momentos, e ela a mim, em outros. Tudo assim, virtualmente. A Auci é uma amizade sincera, dessas coisas boas que a internet nos permite.

Faz alguns dias, ela escreveu me indicando um curta-metragem. E eu não tive tempo de ver. De tanto trabalho e correria, a vida não tem-me deixado gastar hora com o que é essencial. Hoje, lembrei disso. Talvez, porque seja sexta. Talvez, porque esteja chovendo. Talvez, pela vontade de ver um curta. Ou, simplesmente, porque ela se deu ao trabalho de indicar um curta, que ela acha que tem a ver com o blog.

Ai, fui ver. Antes, abri um vinho. E acompanhado do vinho me dei conta da beleza da sugestão.

O filme tem 8 minutos. Conta a história de um morador de rua americano. Alguém com sensibilidade para enxergar todos aqueles que dificilmente o enxergam. Mas ele está ali, colecionando histórias. E as preferidas dele são as de amor. Por isso, ele se auto-entitula um "cupido".

A história do filme é também a história de Laura. Uma garçonete com um dom especial, que canta como um anjo. E que se apaixona por alguém que não consegue ouvi-la. Um amor impossível. mas quem disse que existem amores impossíveis?

Você duvida que a história tenha um belo final? Gaste nove minutos. Tenho certeza que, como eu, você vai querer agradecer à Auci pela indicação. E vai fechar a sexta-feira um pouco mais emocionado.

Sem contar que a voz da menina é simplemente maravilhosa. A voz de um anjo, sim senhor. Valeu, Auci. Mande mais, mande bem, sempre que quiser.