Mariana e Gabriel têm a educação e a compreensão do mundo que tem, também, graças a ela. Florência dos Santos, era assim que se chamava no papel. Pra nós, era a Flora. Nos dias felizes, eu brincava de falar francês com ela depois do almoço. "Florance, melance" era a senha pra que ela me trouxesse um pedaço de melancia. Ou me desse uma esculhambada, dependia do humor e da fartura de frutas em casa.
Quando me via triste, ela também me esculhambava carinhosamente.
"Maranhão, já pra rua. Chega de tristeza. Tristeza não ganha pão. Um homem bonito desse... forte... não pode ficar se arrastando pelos cantos. Já pra rua, que na rua essa tristeza passa. Isso é só uma frase (sic)."
Como ficar em casa? Como ficar triste? Com a Flora, era impossível.
Hoje, li um texto da Cláudia Girelli sobre saudade, que veio acompanhado de uma receita. Os dias tristes me enchem de saudade. Hoje pensei na Flora. Se estivesse aqui, estaria me mandando pra rua e assinando com a sua fala clássica: "Maranhão, isto passa, é só uma frase(sic)!"
Sim, Florance, é só uma frase (sic). Dói, mas passa já.
Ainda bem que são somente 'frase' e passam, senão o que seria de nós? ;)
ResponderExcluirAbração!
Auci
E como qualquer "frase" depende de interpretação. Eita Flora sábia, meu Deus.
ResponderExcluirVai pra rua Inorbel, saia de si, tem tanta paisagem lá fora...
sabida mesmo a Florance( gosto do francês)...os dias tristes precisam dela sempre...é mais seguro...bj
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