quinta-feira, 13 de junho de 2013

Meus olhos doidos

Meus olhos doidos, em qualquer lugar
Nei Lisboa embalou  meus primeiros dias de Sul.  Ao som da música dele o nordestino que habita em mim encontrou maneira de ser de lá sem deixar de ser daqui. Nei me ajudou a ser meio do mundo sendo de Porto Alegre, da Madre Deus, ou de Paris.

Fui vê-lo de perto muitas vezes. No teatro da Assembléia, no Araújo Viana, no Parque Marinha do Brasil ou na praça central de São Leo. Em todas, aquela música que ele fazia tinha a cara de um tempo, do nosso tempo de estudante, da nossa universidade.

Ouvir Nei Lisboa no rádio, anunciado pelo Maurinho Borba, nosso colega de Unisinos, fazia dele um ser mais íntimo ainda. Era como se ele fosse da nossa turma. E desconfio mesmo que ele era.

Hoje, ouvindo Nei, me transporto para um tempo, à mesma medida, distante e presente. Outros signos, outras paixões. E o Nei firme, segue a guardar os segredos de minha alma. E deixar meus olhos doidos feito um coração qualquer, apaixonados pelos telhados cor de giz.

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