Nestes dias de tempo nublado, o chumbo das nuvens nos remete ao passado próximo. Incrível a capacidade de guardarmos sensações.
Coisa da máquina humana.
Rever. Reviver.
Seguir em frente.
Percorri estradas, vivi caminhos, arrisquei.
Em minha infância, meus quintais cheios de pedras e lembranças, amanheciam invariavelmente azuis.
O tempo passava.
A vida seguia.
Até virar noite, até se tornar dia.
E apesar de tudo, as manhãs cinza chumbo deste novembro incerto têm a estranha mania de alimentar a esperança.
De soprar nova música.
De resgatar o azul do dia.
Exatamente como os dias azuis
da minha infância.
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