quarta-feira, 25 de julho de 2012

O disco Vermelho

Isa
Nuca (é como me chamam desde criança, em casa) você está em casa?
Sim, estou, Isa (é assim que chamo minha irmã, desde pequeno).
Eu tenho um presente pra ti.
Êba!
Vou aí te entregar. É um disco.
Êba! Êba! Venha logo.
Mas tu não vais dormir um pouco depois do almoço?
Vou sim, mas não tem problema. Que disco é esse?
Um dos Beatles. Vinil. A coletânea que eles lançaram com os grandes sucesso de 62 a 66.
Eu conheço, é lindo. E eu não tenho.
Pois, então. É teu. Mas vou ter que escutar junto. Quem sabe, sai uma carninha, né?
Pode vir, audição garantida. Carninha garantida. 

Capa
Contra-capa
Foi assim que ganhei o "Disco Vermelho" dos Beatles, em vinil. Isa não veio aqui no domingo, como havia prometido. Quem trouxe o disco foi minha mãe, Isabel. Que não ganhou churrasco, mas comeu umas bruschetas deliciosas. "Seu Viegas", meu pai, estava junto e não dispensou a companhia de um bom vinho.

Hoje, passei os olhos no disco e vi que belo presente ganhei. Os dias estão corridos, minha irmã. Ainda não tive tempo de colocá-lo no toca-discos. Mas não demora - viu, Isa - chega a minha hora de ouvir música. E comer um bom churrasco ao som dos Beatles. De preferência, em tua companhia. Enquanto isso, aí vai uma das minhas canções preferidas. Uma daquelas que, muitas vezes, embalava a minha volta da escola pra casa, na minha primeira infância, pelas ruas de São Luis. Michelle. The Beatles. 

Um comentário:

  1. Madrugada, talvez nem tanto, mas é para quem do interior dorme quase quando as galinhas sobem nos poleiros. Eu tenho esse disco, e tenho também memórias, muitas. doces, doces memórias de dias de calor em Campo Grande...
    Gilmar

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