invado de olhos abertos o relógio digital
a luz de led verde refletida na parede
como quem não quisesse nunca apagar
As últimas noites tem sido assim - horas em claro
e passa a hora, e vaga o escuro, e molha a chuva lá fora,
enquanto aqui dentro meu corpo geme
um cansaço que só eu sei.
Ando farto de ladainha.
ando distante de tão só
Penso novos mares
me canso com facilidade do mesmo horizonte
marinheiro sem navio, vago em calmaria
maresia, beira-mar, à espera do que virá
já faz tempo a ventania passou
tanto vento em minha vela me entregou aos furacões
tanto brilho ofuscado envelheceu a prataria
zinabre azedando as horas, os dias
As últimas noites tem sido assim
e só sossego depois que o sol aponta entre a cortina
cor de papel envelhecido de embrulhar maçã
e folhas de coqueiro na janela
pássaros esboçam cantoria
é hora de recomeçar
Que os novos dias não tardem chegar.
Meu poeta. Que falta vc me faz. Seus poemas, canções, textos. Sua presença me faz muita falta. Amo vc.
ResponderExcluirCelene, querida. A recíproca é verdadeira. Um beijo procê.
ResponderExcluir"Penso novos mares
ResponderExcluirme canso com facilidade do mesmo horizonte". Isso é o que me move. portanto, identifiquei-me.
Os versos "Penso novos mares
ResponderExcluirme canso com facilidade do mesmo horizonte" são fenomenais. Ao ler "Assim sendo assim" minha mente me remeteu para o verbo repousar. Repousar no sentido de estar sepultado, fazer. A mente paralisada, longe das agruras desse nossa condição de pior da criação da Javé na Terra. Ele foi muito sacana com a gente.