Dia internacional de Papadih (é o que diz a Mariana). |
Diz o ditado que elogio em boca própria é vitupério. Longe de ser tentado a isso. Mas hoje, ao ler o texto que a minha Mariana escreveu e publicou, eu chorei como menino. Por vários motivos. O maior deles, por orgulho de vê-la conseguir traduzir o nosso amor de um jeito tão próximo do meu estilo de escrever.
Então. hoje eu peço licença para publicar essa beleza de texto e de declaração de amor. Obrigado, filha. Eu também te amo.
Hoje
é o dia internacional do meu Papadih.
O
homem que eu mais amo no mundo todo, sem dúvida alguma!
O
nosso amor é lindo e vai pra além do universo.
E
a coisa que eu mais escutei e escuto até hoje é que eu sou a cara dele.
E
a nossa relação tem as nossas singularidades:
-Desde que eu era pequena, era o meu pai que acordava cedo e me
arrumava pra escola. Ele sempre inventava uma musiquinha de manhã pra me
acordar. Às vezes eu já estava acordada, mas fingia que estava dormindo ainda,
só para ouvir a musiquinha.
-Eu tomava banho sozinha. Mas saía do chuveiro e parava só de
toalha na frente do meu pai, sentado no sofá. Ele me secava e colocava a minha
roupa. Não porque eu não conseguiria fazer sozinha, ou por preguiça minha. Não.
Aquele era mais um dos nossos rituais de carinho.
-Ele calçava meu tênis também. Eu apoiava o pé no joelho dele.
Ele colocava a meia, o tênis, dava um laço no cadarço e batia com as duas mão
na lateral, como se dissesse "tá pronto". Até hoje eu faço isso
quando termino de amarrar meus tênis. É espontâneo.
-E muitas vezes aos sábados fui acordada por uma música que
vinha da sala. Até hoje quando escuto Jokerman
do Bob Dylan na voz do Caetano Veloso tenho a sensação gostosa
de que é sábado, e o por isso meu pai tá ouvindo música na sala.
-Eu chamo meu pai de Inorbel, que é o nome dele na certidão de
nascimento. Mesmo ele tendo assumindo o apelido Maranhão como nome há mais de
trinta anos, eu sei que ele gosta de ser chamado assim. E pouquíssimas pessoas
sabem disso e/ou o chamam assim.
-E as vezes a gente briga. E briga feio mesmo. Fica de cara um
com o outro. E as vezes isso leva um tempo pra passar. Mas passa. Sempre. E
sempre acaba com um abraço, e um olhando pro outro dizendo "Cê é besta..."
- E se eu ouvir lá de longe, pelo ritmo do passo, eu sei que é
ele que tá chegando.
- E a gente adora dança. Dançar junto, principalmente. E ele é o
meu melhor par na pista.
- A gente ri muito quando tá junto. De todo mundo, e
principalmente da gente mesmo.
Hoje
o seu presente foi um vinho e um livro de poesias de Waly Salomão. Pra irrigar a alma e alimentar o espírito.
Te
amo, Papadih. Um brinde à sua
existência!
Que 'lindro'! :)
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