Tenente Onoda, os americanos declararam guerra.
Sua missão é defender o império japonês a qualquer custo.
Resista. E nunca se entregue.
Nunca se entregue.
Nunca se entregue.
Era 1944. A guerra começou. O Japão se rendeu. A guerra terminou, sem que Onoda ficasse sabendo.
As palavras do comandante a Onoda, entretanto, ecoaram por 30 anos em sua mente. Grudaram em sua alma militar como tatuagem.
Rios, selvas e montanhas. Invernos e verões.
Onoda liderou seu pequeno grupo nas selvas das Filipinas como se a guerra fosse eterna. Os panfletos espalhando a notícia de que a guerra tinha acabado eram uma estratégia do inimigo.
O tempo foi vencendo a batalha. Muitos morreram. Onoda seguiu firme. Até que um dia, trinta anos depois da primeira ordem, o mesmo homem que lhe comandara deu-lhe a contra-ordem: era preciso terminar com a aquilo. Render-se à realidade. A guerra imaginaria de Onoda chegava ao fim.
O último herói de guerra japonês custou a acreditar. Entregou sua espada e preservou sua dignidade.
Durante anos, viveu uma vida simples, de fazendeiro, em terras brasileiras. Voltou ao Japão uma última vez, com a certeza de que voltava para virar semente no solo da terra que tanto defendeu. Ontem, Hiroo Onoda, aos 91 anos, encerrou sua jornada humana.
Espera-se que no lugar onde ele descansa agora nasça uma imponente árvore que dê boa sombra e bons frutos.
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