quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Olha o garçom novo aí, gente!


Aqui em Brasília, a história do Bar Beirute se confunde com a própria história da cidade. Lá se vão 48 anos de existência regada a muita cerveja, boa comida, música, poesia, irreverência e bom humor. Como diria o Skank, vir a Brasília e não beber no Beirute é como mergulhar no rio e não se molhar; é ter o estômago vazio e não almoçar; ou, não morrer de frio no gelo polar. 

Graça Amorim, a eterna Garota Beirute.


Pelo Beirute, vale dizer, passam personalidades e comuns. Nos idos tempos dos 70, Graça Amorim, uma grande amiga jornalista, venceu um concurso de "Garota Beirute", que ela carrega como um valoroso troféu. Na época, seu editor chefe, dando pela falta dela na redação, ligava para o Beirute e pedia pra mandar chamá-la. Era batata. De lá mesmo, Graça dava conta de levantar a pauta e resolver a demanda. Sem arredar mão de um chopinho gelado. 

No Beirute, misturam-se loucos e sãos, sem que se saiba exatamente a proporção de uns e de outros. O certo é que os que frequentam o boteco experimentam doses fartas, intensas, curtas ou não, de um prazer especial. Eu diria mesmo, depois de um dia estafante, que é lá que se serve a dose que salva.

Por tudo isso, volta e meia, o Beirute ganha espaço na mídia. Ontem, aconteceu de novo. Desta vez, por conta da premiação que escolheu o melhor jogador de futebol do mundo. A escolha não causou polêmica. Cristiano Ronaldo, o portuga de ouro da atualidade, foi quase uma unanimidade.

Messi e seu terninho "Beirute".
Garçom novo na praça. 
Quem ligou o prêmio ao Beirute foi o terceiro colocado da disputa, o argentino Lionel Messi. Ele, propriamente, não. Mas a roupa que ele escolheu para ir à premiação. Pois, não é que o terninho bordô do Messi tem quase o mesmo tom e é marca registrada do uniforme dos garçons do Beirute!

A bela sacada do Correio e o time de "Messis" do Beirute. 
Assim, detectada a coincidência, o editor de arte do Correio Braziliense não perdeu a oportunidade. A foto foi produzida em frente ao bar e enfileira um grupo de “Messis”, nem tão famosos quanto o argentino, mas absolutamente prestigiados pelos brasilienses, entre outras coisas, porque batem um bolão no dia-a-dia do “Beira”.



A bela ideia da Ana Dubeux rendeu mais uma capa memorável do Correio. E uma vez mais o acaso tratou de confirmar o que todo mundo já sabe: O Beirute é mesmo um patrimônio imemorial da nossa história. 

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