Porque ninguém é perfeito

Uma vitrine de uma loja de roupas atraiu e espantou os olhares dos passantes, em uma das mais chiques e movimentadas ruas de Zurique. A loja trocou os manequins "perfeitos" por manequins feitos a partir de modelos reais, de pessoas com escoliose, com algum tipo de mutilação, com deformações na espinha dorsal, com ossos frágeis.

Gente que a gente está acostumado a enxergar nas ruas e não ver direito. Gente que não serve usualmente como padrão de beleza e que, não por outra razão, é ignorado pela indústria da moda.

E o que é sensacional na campanha é exatamente isso. Aproximar o olhar real daquilo que quase ninguém se permite imaginar. A campanha foi criada para marcar o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência pela Pro Infirmis, uma organização que defende os direitos das pessoas com deficiência.

Ela se destina a provocar uma reflexão sobre a aceitação dessas pessoas numa sociedade que mal tem tempo para perceber as diferenças entre uns e outros. O curta metragem foi dirigido por Alan Gsponer. E, mesmo que você não fale uma palavra sequer em inglês, não carece de tradução. O sentido está na cara, está no corpo. Está na alma.

Por que, quem é perfeito?