quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

O dia em que ele partiu

Oscar Niemeyer
Todos os dias, o meu dia começa cedo. Recolhendo aqui e ali, em jornais, blogs e sites de notícias as informações que pautam o meu dia de trabalho e orientam o de muitas outras pessoas.

Todos os dias sem folga, sem sábados, domingos, feriados ou dias santos. Nesses dias comuns, procuro um destaque, estabeleço uma linha de raciocínio a partir daquilo que o meu olhar de jornalista julga mais importante para se saber.

Hoje, não há um destaque. Há um lamento.  Morreu Oscar.


104, quase 105, anos de linhas que saltaram das pranchetas para alterar definitivamente o horizonte. Um traço que preferiu sempre as curvas às retas. Niemeyer dizia que “se a reta é o caminho mais curto entre dois pontos, a curva é o que deixa esse caminho mais belo”.
A notícia me chegou ontem à noite, pouco antes das dez, através de uma mensagem no Ipad. Eu acompanhava o vice-governador do Distrito Federal. Ele fazia, justamente, uma palestra sobre outras obras e projetos que transformarão a paisagem e a rotina de Brasília e dos brasilienses. Foi quando a notícia invadiu a tela do meu equipamento: Oscar morreu.
Corri até ele com a informação ainda viva e pulsando no computador. A palestra foi interrompida. 
Não houve surpresa. Houve um minuto de silêncio. Houve uma certeza:
Um ciclo encerrou-se. Um gênio partiu. Uma lenda iniciou-se.

Oscar, que tanto desenhou por aqui, virou um traço no céu. 

3 comentários:

  1. Um traço curvo no céu, como ele gostava, como achava belo. Lindo, Maranhão. Belo texto.

    ResponderExcluir
  2. Po cara! Assim vc mata a gente. Coisa mais linda. Desculpe, mas n resisti e compartilhei no face. Pedindo benção e tudo...Amo vc!

    ResponderExcluir
  3. Celene e Mariza. Obrigado pelas palavras e pelo carinho.

    ResponderExcluir