Assombros
Às vezes, pequenos grandes terremotos
ocorrem do lado esquerdo do meu peito.
Fora, não se dão conta os desatentos.
Entre a aorta e a omoplata rolam
alquebrados sentimentos.
Entre as vértebras e as costelas
há vários esmagamentos.
Os mais íntimos
já me viram remexendo escombros.
Em mim há algo imóvel e soterrado
em permanente assombro.Poema de Affonso Romano de Sant'Anna
Foto de Ignacio Sanz
lindo isso aí, viu?
ResponderExcluirEm tempos de seca, Maurilo, é ar novo e matinal na mente da gente!
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