quinta-feira, 22 de julho de 2010

Brigam Espanha e Holanda

Quando a final da Copa do Mundo se definiu entre Espanha e Holanda, meu pensamento vagou imediatamente para a poesia de Leila Diniz. A poesia virou música (Um cafuné na cabeça, malandro, eu quero até de macaco) na voz de Milton, que tratou de eternizar também a leitura do poema, na voz de Leila.

A copa, a bola, o mar, a poesia. Leila e Milton. Há algo de igual entre eles. Nos campos da mãe África, a primeira copa do mundo naquele continente se decidiu entre navegarores, entre bravos descobridores. Um vagar genuino entre a poesia do jogo e o jogo do poeta.

Há algo de magia em pensar que os campos firmes da África se tornaram o mar impreciso de um novo campeão do mundo, numa disputa histórica em que "brigaram", como na poesia premonitória de Leila, Espanha e Holanda, pela paixão maior do futebol: o direito de ser - por quatro anos - o dono da bola.

O poema está ai, em seguida. A música, logo abaixo.



Brigam Espanha e Holanda
Pelos direitos do mar
O mar é das gaivotas
Que nele sabem voar
O mar é das gaivotas
E de quem sabe navegar.

Brigam Espanha e Holanda
Pelos direitos do mar
Brigam Espanha e Holanda
Porque não sabem que o mar
É de quem o sabe amar.


Leila Diniz

Um comentário:

  1. A voz do Milton é a de um pássaro!!!! Liiinda!
    Leila Diniz foi/é tudo de bom!
    Ótima parceria!!!
    Grata pelo email, Viegas!
    Bj, Tê!

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