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Tino Gomes e o seu Mineirês. |
Hoje, acordei pensando:
Eita, país diverso, esse nosso! É um só, mas parece muitos. Da geografia aos sotaques somos vários, sendo todos ao mesmo tempo brasileiros.
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Gabriel, eu e Mariana - sem perder o sotaque. |
Me lembro quando, depois de quase 26 anos, voltei à minha terra. Desta vez, levando meus filhos
Mariana e
Gabriel, loucos pra conhecer o lugar de onde eu vinha. Dois ou três dias por lá, no meio da minha gente, dos meus iguais, bastaram para que Mariana concluísse:
Pai, eu cresci ouvindo você falar de um jeito que eu imaginava ser só seu. Aqui, ouço as pessoas falarem e tenho dificuldade de saber quem está falando - todo mundo fala igual a você!
Há pouco, ouvi um disco do
Almir Sater, cantando as coisas do pantanal e falando de um jeito que só se fala ali. Um sotaque pantaneiro, inconfundível, que não se iguala.
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Almir Sater e o sotaque pantaneiro. |
Abri o computador e dei de cara com
Tino Gomes. Tino é um grande amigo mineiro, poeta, músico e contador de causos de uma habilidade e memória de dar inveja. Pois, o Tino tem uma música que fala exatamente disso: as diferenças regionais da linguagem. No caso, ele diz que fala o
mineirês. Um jeito de falar que não é inglês, não é francês, não é português. É algo de lá das Minas Gerais que, mesmo sendo também Brasil, tem a propriedade de ter uma espécie de língua própria, que só se fala naqueles rincões.
A gente, do resto do país, pra entender, tem que afiar bem os ouvidos. Ai, não deu outra. Achei a música e o clip, na internet. E a terça feira começa cheia de sotaques desse imenso Brasil, que é um só, mas guarda muitos dentro de si.
*Pra Mariana, pra que ela não perca o jeito de me achar pelo sotaque maranhense, onde quer que eu esteja. E pra Gabriel, que anda meio enrabichado por umas moças de sotaque bem mineirin.
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