Eu não tive tempo de escrever nada aqui sobre a ida do
Jair Rodrigues. Não foi descuido, não. Acho mesmo que eu não andava com fôlego pra escrever sobre tanta coisa triste que rolou nesses dias. Um dia antes, o
Lizoel Costa já tinha ido e eu creio que a dor da despedida precisa mesmo ser dosada.
Agora há pouco, vi uma mensagem do
Silvestre Gorgulho falando sobre a reportagem do Fantástico, programa dominical da
Rede Globo, que levou ao ar um relato emocionante sobre o último show dele e sobre as coincidências da vida.
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Jair e Elis, eternos amigos. |
No show, Jair é o Jair de sempre. Brincalhão, leve, divertido… A uma certa altura do show, ele pega pelas mãos uma
Elis Regina imaginária e conversa com ela. Depois, ao despedir-se dela, deseja que ela vá com Deus e diz que quer ficar mais um pouco por aqui. Era o jeito dele, brincando com a vida, sem saber que dois dias depois daquele show partiria também.
Ao final da reportagem, os filhos de Jair,
Luciana Melo e
Jairzinho falam, emocionados, sobre o pai. E cantam um trecho da canção que Jairzinho fez pra se despedir dele. Uma canção sobre o sorriso. Uma canção verdadeira e intensa, como só poderia ser.
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