A orquídea-bambu, o muro azul e as boas-vindas |
Vamos viajar? Vamos. Vamos mudar de endereço? Sim. Bastava uma decisão singela. Um toque e as coisas que importavam estavam dentro da mochila. Para traz, nem vestígio de raiz. O mundo cabia ali.
Hoje, uma mudança implica em, no mínimo, dois movimentos. O que importa levar e o que devemos abrir mão. Desprender-se é um exercício fabuloso. Roupas, livros, móveis, caixas, bolsas, louças... Objetos que tinham um valor inestimável antes, sem os quais não saberíamos, nem poderíamos viver, saem da nossa vida num zás!
Alguns saem com alguma dor. Outros saem com a consciência de que farão melhor a outras pessoas. A quem mais precise deles. É quando percebemos o fundamental da vida. E o fundamental não é acumular. É saber o que ter. E o que carregar.
Hoje, manhã nublada, um pouco fria, foi a primeira manhã de fim de semana mais normal na nova casa. Foi quando pude tomar o primeiro café me sentindo em outra casa. Ainda erro os lugares, ainda dou passos demais na cozinha, mas aos poucos vou me entendendo com paredes, cantos e gavetas.
A vida renovada, onde antes era frio e só. |
De fato, somos assim. No fundo azul do muro pintado, onde antes havia frieza e mofo, hoje existem plantas mais vivas. E as primeiras orquídeas se dão à nossa vista, como uma retribuição, como um alento pela mudança e num sinal de que a vida vai mesmo ser melhor - a depender de nós.
A flor se dá à vista |
As cores das boas-vindas |
Maranhãozinho, Mara, "crianças" !
ResponderExcluirMuitas alegrias, fecidades, sorte e luz ensolarada na nova casa. As flores já mostram as boas vindas e as energias estão ótimas!
Beijos para vocês !
Cor é tudo na vida da gente.
ResponderExcluirSó vemos cor onde há luz.
Só há vida verde e com cor,onde tem gente prá cuidar.
Ainda bem que vocês lembraram de carregar as raízes.
A vida agradeceu florindo.
Quando a gente tem que decidir o que deixar, depois de um tempo,nos damos conta que se deixamos pra trás é, de verdade, algo dispensável. O indispensável a gente coloca dentro da mochila!! Sempre achei que um dia iria comprar um ap maior e levar os meus móveis escolhidos um a um pra casa nova. Não foi assim. Eu vim para o outro lado do mundo, coisa que eu não pensava. Nos 32 kg de franquia de bagagem não tinha lugar pra muiiiita coisa. E não é que hj nem me lembro delas? Em uma das vezes que fui ao Brasil fiz de tudo e trouxe uma pequena esa desmontável azul que eu amava. Cheguei aqui e não via lugar para aquele objeto. Tentei usar mas estava fora do lugar, literalmente. Está lá no meu porão. Ainda não tive coragem de me desfazer mas sei que nunca mais vou usar. É a mudança.
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